O governador Mauro Mendes (DEM) protocolou na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (10) o pacote de projetos com cinco mensagens do Executivo. Entre elas, a da reforma administrativa, da Lei Responsabilidade Fiscal Estadual, de unificação do Fethab 1 e 2, além dos critérios para a concessão da Revisão Geral Anual (RGA) e do MT Prev.

Antes, em sessão plenária, os deputados estaduais votaram a aprovação de uma lei que autoriza o governador Mauro Mendes administrar o orçamento do Estado, mesmo sem a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) e Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), referente a 2019.

Em entrevista coletiva, o governador Mauro Mendes falou sobre cada proposta apresentada e disse que o substitutivo da LOA encaminhada para o Legislativo apresenta um déficit de quase R$ 2 bilhões.

?A lei orçamentária foi encaminhada na gestão anterior e nós apresentamos um pequeno substitutivo nesta semana ao Poder Legislativo que traz um déficit de receita total e despesas total de quase R$ 2 bilhões. Se nada for feito, Mato Grosso caminhará para o caos absoluto financeiro porque hoje o que Estado arrecada no mês não paga as contas do mês. Isso não é uma realidade de janeiro, e sim uma realidade que vem se renovando a muitos meses e muitos anos. E o resultado disso foi o acumulo de dívida de restos a pagar?.

Segundo Mauro Mendes, os projetos de lei encaminhados estabelecerão parâmetros legais para o enfrentamento a grave crise financeira que o estado de Mato Grosso se encontra. Mauro Mendes citou os atrasos de pagamento a fornecedores e de salários de servidores e que o estado caminha para aprofundamento da crise, se não forem providenciadas medidas enérgicas e imprescindíveis.

?Estamos caminhando para um abismo. Ou, nós sociedade, poderes constituídos, tenhamos consciência disso para fazer o que é certo. Se nós não pagarmos esse mês o fornecedor das viaturas, em fevereiro teremos praticamente quase todos os nossos policiais civis e militares nos quarteis porque não vai ter viatura para andar na rua. Há dois dias paralisou um sistema importante, que é o Samu?, finalizou.

Direto da Redação, Sandra Costa