O dólar apresentou avanço em relação a outras moedas principais nesta sexta-feira, 18, à medida que circularam pelas mesas de operação relatos de que a China pretende aumentar as importações de produtos americanos, o que impulsionaria a economia dos Estados Unidos. Além disso, indicadores econômicos continuam a mostrar bom desempenho da atividade em solo americano.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar subia para 109,74 ienes; o euro recuava para US$ 1,1365 e a libra cedia para US$ 1,2864. Já o índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas fortes avançou 0,28%, para 96,336 pontos.

A produção industrial, uma medida da produção geral manufatureira, da mineração e de serviços públicos, subiu 0,3% na passagem de novembro para dezembro, acima do esperado por analistas. Juntamente com um forte relatório de emprego nos EUA, os dados sugerem que o crescimento econômico no país continua a apresentar desempenho acima dos níveis vistos na Europa, onde vários países enfrentam desaceleração econômica e as empresas estão lidando com a possibilidade de uma saía abrupta e desordenada do Reino Unido da UE.

No entanto, os investidores, durante a tarde, avaliaram, principalmente, sinais de progresso nas negociações comerciais entre os EUA e a China. Já na quinta-feira, o Wall Street Journal informou que o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, cogitou a retirada de algumas tarifas sobre produtos chineses para promover avanço nas negociações comerciais. Um porta-voz do Tesouro, contudo, disse que as negociações estão em andamento e negou que Mnuchin tivesse feito recomendações sobre as tarifas. Além disso, o que impulsionou o dólar foi a notícia de que os chineses propuseram aumentar as importações de produtos americanos em US$ 1 trilhão pelos próximos seis anos, o que ajudaria a expansão da atividade nos EUA.

Direto de São Paulo, Estadão Conteúdo