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Notícias / Agro e Economia

21/01/2019 às 07:43

Dólar tem quarta alta consecutiva e vai a R$ 3,7532

leiagora

O dólar engatou a quarta alta seguida e fechou em R$ 3,7532, (+0,13%) nesta sexta-feira, 18. Notícias do exterior novamente ditaram o ritmo do mercado de câmbio nesta sexta-feira, enquanto no mercado interno as mesas seguem aguardando novidades sobre a reforma da Previdência. A moeda subiu 1,07% na semana, interrompendo uma sequencia de quatro semanas consecutivas de queda. Mesmo assim, ainda acumula queda de 3,16% no ano. As atenções agora estão voltadas para a ida do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, para Davos (Suíça), na semana que vem, para participarem do Fórum Econômico Mundial.

O dólar chegou a bater em R$ 3,77 no início da tarde, por conta do fortalecimento da moeda americana ante pares do Brasil, como o peso mexicano e o rand da África do Sul. O movimento, porém, contrariou a queda do risco-País medido pelo Credit Default Swap (CDS) de 5 anos, que recuou quase 10 pontos ante o fechamento de quinta, batendo em 170 pontos-base com o bom humor no exterior após notícias de que a China pode aumentar as importações dos Estados Unidos em US$ 1 trilhão nos próximos anos.

"A redução na tensão na guerra comercial estimulou o apetite por risco", destaca o diretor da BK Asset Management em Nova York, Boris Schlossberg. Este movimento deveria ajudar a retirar pressão do dólar aqui, mas profissionais de câmbio destacam que a perspectiva de avanço da reforma da Previdência já foi incorporada nos preços e agora o mercado quer ver notícias concretas. Sem elas, é difícil as cotações firmarem uma tendência, ressalta o operador da Necton Investimentos José Carlos Amado. Ele explica que na falta de um catalisador doméstico, o dólar oscila acompanhando o exterior e atrai vendedores quando sobe a um determinado nível e compradores quando recua a outro. Nesta sexta foi assim pela manhã, com exportadores vendendo dólares quando a divisa ultrapassou R$ 3,75.

O dólar chegou a bater mínimas, recuando a R$ 3,7289, quando o secretário especial de Previdência, Rogério Marinho, disse que Bolsonaro tem sido informado diariamente pela equipe econômica sobre a elaboração da reforma e que Guedes falará sobre os principais pontos em Davos.

Entre os estrangeiros, prossegue a visão de maior cautela com o Brasil. A analista de moedas do Commerzbank, You-Na Park, destaca que "pode haver espaço para decepção" com o País, na medida em que as expectativas para o avanço das reformas ficaram muito altas. Ela ressalta que até agora pouco se sabe de concreto sobre a Previdência e outras reformas. A analista do Commerzbank vê o dólar indo para a casa dos R$ 3,90 a partir de março, na medida em que existe a possibilidade de a tramitação da Previdência ter mais "solavancos" do que os investidores esperam. Outra dúvida é se o governo vai conseguir passar um texto mais profundo, com maior economia fiscal, ou mais desidratado. Se a reforma avançar, o dólar pode cair para R$ 3,50 em dezembro e testar patamares ainda mais baixos em 2020, ao redor dos R$ 3,20, avalia a analista baseada em Frankfurt.

Direto de São Paulo, Altamiro Silva Junior, Estadão Conteúdo

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