06/02/2019 às 18:00
Redação Leiagora
Após 35 anos de atividade, o tradicional comércio Palácio das Noivas, localizado na Rua Barão de Melgaço, em Cuiabá, vai fechar as portas.
Na madrugada desta quarta-feira (6), o comércio foi alvo de furto por criminosos pela terceira vez somente em 2019. Nos meses de novembro e dezembro, foram mais quatro furtos, o que totaliza um prejuízo superior a R$ 100 mil.
Emocionada, a proprietária do estabelecimento, Maria José de Oliveira, 74 anos, declarou que não tem mais condições de manter a tradicional loja.
?Os bandidos entraram e levaram vestidos de noivas, smokings, aparelho de ar-condicionado e até fios de cobre. Tudo indica que são drogados que circulam no Centro Histórico e aproveitam a madrugada para levar tudo o que tenho. Eu não aguento mais essa situação. Vou ter que vender o que tenho pela Internet e encerrar as minhas atividades na loja?, disse.
Natural do município de São José do Egito (PE), Maria José de Oliveira é uma das pioneiras do comércio de Cuiabá. A empresária também mantém comércio em São Paulo e diz que jamais enfrentou situação semelhante como a de Cuiabá.
?No Centro de Cuiabá eu não permaneço mais. É uma situação muito triste. Sempre paguei meus impostos em dia. A cidade está próxima de completar 300 anos e a Prefeitura só age em reforma de praça pública. Porque não garantem segurança a nós comerciantes? É muito descaso e negligência com nós que trabalhamos diariamente no centro?, declarou.
No período em que permaneceu aberto, o Palácio das Noivas trabalhava com aluguel e venda de roupas para casamento. Na última ação dos criminosos, acessórios e roupas de luxo foram furtadas.
No estabelecimento, não há sistema de vigilância e tampouco um sistema de segurança reforçado. A empresária Maria José de Oliveira afirma que jamais esperou um dia enfrentar um episódio como este.
?Roupas de casamento nunca foram de interesse de bandidos. Está claro que é uma ação de drogados que se apropria indevidamente do patrimônio alheio e gerando prejuízos para trocar por drogas. Isso é inaceitável?.
Questionada a respeito do papel da Polícia Civil nas investigações, a empresária Maria José de Oliveira afirma que sempre compareceu a delegacia para registrar Boletim de Ocorrência. Porém, jamais obteve respostas satisfatórias.
?Cumpro com meu papel de cidadã de informar a Polícia Civil e Militar. Mas nunca tive nenhuma resposta a respeito da ação destes criminosos. Isso me deixa frustrada e impotente. Não tenho como mais lidar com estes furtos?.
https://youtu.be/nj2igmzmGCoDireto da Redação - Rafael Costa
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