O juiz da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, Murilo Moura Mesquita, manteve a prisão de Andreia Paula de Carli, apontada como a responsável pelo assassinato do seu próprio padastro, o vendedor de salgados Nivaldo Francisco de Araújo, morto a tiros em 8 de agosto de 2017, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.

A decisão do magistrado foi dada em dezembro do ano passado, mas divulgado no Diário da Justiça Eletrônico somente nesta semana.

A defesa requereu a revogação da prisão preventiva amparada no argumento de que não estão presentes os requisitos previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal.

Além disso, ressaltou a existência de constrangimento ilegal, uma vez que, a prisão preventiva ultrapassou 181 dias e a fase de instrução processual jamais foi concluída.

No entanto, o magistrado rechaçou os argumentos ao ressaltar que não houve alteração fática ou jurídica de modo que ainda persistem os requisitos e fundamentos para a manutenção da custódia cautelar.

?Desta forma, indefiro o pedido de revogação da prisão preventiva, já que a defesa não trouxe nenhum elemento novo que permitisse o seu deferimento?, diz trecho extraído da decisão.

O processo criminal está em fase de alegações finais, fase em que a acusação e a defesa apresentam suas versões antes de a sentença ser proferida pelo juiz.

De acordo com as investigações da Polícia Civil que subsidiaram a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE), Andreia Paula de Carli planejou o crime do próprio padastro para se apropriar de uma casa.

A mulher ainda planejava mandar executar a enteada, filha do marido que foi morto em 2014.

O motivo seria o mesmo. A assassina pretendia tomar a casa que o marido falecido deixou para a filha.