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25/02/2019 às 12:00

A formação da personalidade segundo a psicanálise

Josiane Dalmagro

O que a psicanálise revela sobre a formação da personalidade? Quais os conceitos e teorias freudianas sobre esse tema que desperta tanto interesse? Buscar respostas para compreender os enigmas da mente foi o maior propósito de Sigmund Freud, que contribuiu grandemente com a escola psicanalítica.

Para pensar sobre essas possibilidades, vamos entender dois pilares da psicanálise para a investigação do funcionamento psíquico: a Teoria Topográfica e a Teoria Estrutural.

A Teoria Topográfica e a formação da personalidade

Segundo as concepções de Freud, a Teoria Topográfica reúne três estruturas que representam os diferentes níveis da consciência humana. Esses sistemas, por consequência, definem nossas ações e sentimentos ? ou seja, estruturam a personalidade ? considerando que a mente é a origem de quem somos. Entenda as partes descritas nessa teoria!

Consciente

O consciente abriga os conteúdos que estão mais elevados em nossa mente. Nesse nível, estão nossos pensamentos lúcidos, os sentimentos percebidos, as experiências memorizadas, as ideias claras e os objetivos. Enfim, tudo o que é acessível à nossa consciência está nesse sistema.

Pré-consciente

O pré-consciente é como uma ponte entre as duas outras partes. Aqui, é possível acessar determinados elementos da mente, como os conhecimentos arquivados, emoções internalizadas, lembranças esparsas e outros mais. Esses conteúdos permanecem em nosso aparelho psíquico e podem ser trazidos ao nível consciente sem muita dificuldade.

Inconsciente

Para Freud, é no sistema inconsciente que habitam as raízes dos problemas emocionais. É ali que moram os instintos, os elementos reprimidos e censurados desde a infância. O que existe nessa região da mente não pode ser voluntariamente resgatado pelo indivíduo. Algumas técnicas psicanalíticas têm justamente esse objetivo: entender o que está no inconsciente.

A Construção da personalidade de acordo com a Teoria Estrutural

Id, ego e superego: esses são os três componentes da Teoria Estrutural, que representam, respectivamente, os impulsos, a racionalidade e o senso de moral. Cada uma dessas partes é responsável por diferentes aspectos da personalidade e definem como o indivíduo age e se relaciona com outras pessoas. Conheça um pouco mais!

Id

Esse componente faz parte do sistema inconsciente e está associado aos impulsos e desejos mais submersos do ser humano. O id quer alcançar o prazer a qualquer custo, não é barrado por limites, razões e moral. É um elemento absolutamente primitivo, instintivo, intolerante à frustração e movido pelo imediatismo.

Ego

O ego é guiado pela racionalidade, pelo realismo e pela capacidade de controlar os impulsos. Essa estrutura atua de forma moderadora entre os instintos do id e as interações que o indivíduo cria no ambiente. A função do ego é encontrar o equilíbrio entre os dois outros componentes (id e superego) para assegurar a integridade da personalidade.

Superego

Trata-se da estrutura mais refinada da personalidade, é onde residem os valores e a moral de cada pessoa. O superego atua na repressão dos desejos, no sentimento de culpa, no cumprimento das regras sociais e na punição de ações e emoções. É desenvolvido a partir da transmissão de princípios transmitidos pelas gerações antecedentes.

Como vimos, com a Teoria Topográfica e a Teoria Estrutural, Freud buscou compreender a formação da personalidade e os elementos que compõem a psique humana. Suas conclusões foram e ainda são consideradas um respaldo teórico fundamental para a psicanálise.  

Direto da redação com informações da Escola de Psicanálise, SBPI

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