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19/03/2019 às 17:33

Associação repudia 'pirotécnica midiática' em operação da PJC ‘Terra Vista’

A operação prendeu pessoas suspeitas de envolvimento em uma fraude ambiental que ultrapassa R$ 150 milhões

Fernanda Leite

Associação repudia 'pirotécnica midiática' em operação da PJC ‘Terra Vista’

Foto: Reprodução internet

A Associação Mato-Grossense dos Engenheiros Florestais (AMEF) encaminhou, nesta terça-feira (19), uma nota repudiando a forma como os profissionais de engenharia foram submetidos quando foram conduzidos por policiais civis que cumpriram mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, durante a ‘Operação Terra Vista’.

“Abusiva e truculenta, pelas quais os profissionais da engenharia foram submetidos quando conduzidos com pirotécnica da mídia a prestarem esclarecimentos acerca da Operação Terra”, criticou o engenheiro florestal, Benedito Carlos de Almeida. 
 
A operação prendeu pessoas suspeitas de envolvimento em uma fraude ambiental que ultrapassa R$ 150 milhões. Foram cumpridos 128 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão.  

Os alvos são representantes legais e operacionais, engenheiros florestais e ex-servidores da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

A operação, intitulada “Terra a Vista”, é oriunda de inquérito policial conduzido pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), com o  objetivo de investigar uma organização criminosa que atuava na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), fraudando o Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora).
 
A Associação alega que não compactua com ilegalidade e é  favorável às investigações que apuram todo tipo de crime ambiental e que haja punição aos verdadeiros envolvidos.

“Nosso repúdio é que enquanto não ficar comprovada e efetiva participação do profissional da engenharia em supostos crimes, não se deve levar para a opinião pública, conclusões precipitadas, cabendo à Justiça apurar primeiramente os fatos, antes de denegrir a imagem do Profissional e tratá-lo como bandido”, criticou.
 
A AMEF diz ainda quer não quer que esses episódios se repitam no Estado de Mato Grosso. “Vai ser reagido com firmeza para cessar as formas arbitrárias e a violação das prerrogativas exercidas contra os engenheiros florestais”,  consta na nota.
 
 
Nota de repúdio da Amef

19 de março de 2019

A Associação Mato-Grossense dos Engenheiros Florestais – AMEF vem a Público manifestar solidariedade aos Engenheiros Florestais, repudiando veementemente a conduta abusiva e a forma truculenta, pelas quais os profissionais  da engenharia foram submetidos quando conduzidos com pirotécnica da mídia  a prestarem esclarecimentos acerca da Operação Terra a Vista realizada no dia 13/03/2019, que investiga esquema de fraudes ambientais no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais – SISFLORA.

A AMEF vem esclarecer que não compactua com ilegalidade em sentido algum ,  sendo favoráveis as investigações que apuram todo tipo de crime ambiental. E que os verdadeiros envolvidos sejam punidos conforme o rigor da lei.

Nosso repúdio é que enquanto não ficar comprovada e efetiva participação do profissional da engenharia em supostos crimes, não se deve levar para a opinião pública, conclusões precipitadas, cabendo à Justiça apurar primeiramente os fatos, antes de denegrir a imagem do Profissional e tratá-lo como bandido. Cabe destacar, que dos profissionais que haviam sido presos, as prisões foram revogadas e expedidos alvará de soltura no mesmo dia.

A AMEF repudia o flagrante desrespeito à engenharia florestal e às leis que protegem e regram o exercício da nossa profissão. Os Engenheiros Florestais foram submetidos a tratamentos vexatórios, humilhantes, abusivos, a desnecessária condução no covil de uma viatura, além do uso totalmente desnecessário de algemas que é uma violência contra a dignidade profissional de cada um deles, pois não ofereceram resistência, tentativa de fuga, ou risco ao policial em cumprimento de sua missão.

De acordo com a legislação, as prisões só são cabíveis quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários aos esclarecimentos, ou quando houver fundadas razões de autoria ou participação em alguns crimes previstos na Lei. Ainda, há direitos, os quais, os profissionais não podem sofrer prisão durante o exercício da profissão, salvo em caso de crime inafiançável.

Essa operação apurou supostos crimes ambientais ocorridos em 2014 e julgamos que as autoridades tiveram tempo suficiente para usar de todo aparato técnico e tecnológico disponível para identificar os VERDADEIROS envolvidos. Por isso tamanha indignação e perplexidade pela forma humilhante a qual os profissionais foram submetidos.

Torna-se oportuno fazer algumas considerações e trazer à baila um resumo das atribuições  do Engenheiro Florestal. É um Profissional que analisa as condições dos ecossistemas, planeja o uso sustentável dos recursos naturais para a produção e comercialização de produtos florestais, sempre levando em consideração o respeito e cuidado com o meio ambiente.

A AMEF não quer que esses episódios se repitam no Estado de Mato Grosso, e vai reagir com firmeza para cessar as formas arbitrárias e a violação das prerrogativas exercidas contra os engenheiros florestais.
 
Assina esta nota.
 
Benedito Carlos de Almeida
Engenheiro Florestal
Presidente da AMEF
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