Cuiabá, quinta-feira, 18/04/2024
15:05:42
informe o texto

Notícias / Geral

22/03/2019 às 18:42

Após declaração do filho, Bolsonaro descarta intervenção militar na Venezuela

Redação

Após declaração do filho, Bolsonaro descarta intervenção militar na Venezuela

Foto: Twitter

O presidente Jair Bolsonaro descartou nesta sexta-feira, 22, apoio a uma intervenção militar na Venezuela. "Tem gente divagando, tem gente sonhando. Da nossa parte, não existe essa possibilidade", declarou o presidente ao deixar o Palácio de La Moneda, sede do governo chileno, onde 11 países se reuniram para uma cúpula e oito se comprometeram com a criação do Prosul.

Bolsonaro falou ainda que a "ditadura" na Venezuela se fortalece na "fraqueza de Nicolás Maduro" porque não é ele quem decide questões naquele país, mas alguns generais, narcotraficantes, milícias e cubanos.

O Prosul, declarou Bolsonaro, foi idealizado porque os países que assinaram a declaração para a criação do organismo não querem que aconteça o mesmo que ocorreu na Venezuela em seus territórios.

Eduardo Bolsonaro fala em intervenção

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse nesta sexta-feira, 22, em entrevista ao jornal chileno La Tercera, que "de alguma forma será necessário usar a força" contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

"Ninguém quer uma guerra, a guerra é ruim, há muitas vidas perdidas, há consequências colaterais, mas Maduro não vai deixar o poder de forma pacífica. De alguma forma, será necessário usar a força, porque Maduro é um criminoso ", disse o filho do presidente Jair Bolsonaro.

O deputado está em Santiago desde quinta-feira, 22, acompanhando a visita do pai ao Chile. Segundo o La Tercera, Eduardo circulou por Santiago acompanhado pela senadora Jacqueline van Rysselbergh, presidente da legenda de direita União Democrática Independente (UDI), conhecida pelas declarações polêmicas contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo e feministas.

Eduardo justificou uma possível ação militar contra a Venezuela com o argumento de que pessoas estão morrendo no país vizinho em função do governo Maduro e que é necessário impedir o surgimento de uma "nova Cuba".

"O pior que pode acontecer é permitir que Maduro permaneça no poder, porque todos os dias as pessoas estão morrendo", disse o deputado ao jornal chileno.

Recuo

Mais tarde, em entrevista à imprensa brasileira, o deputado recuou, disse que a manchete do jornal chileno é exagerada e que não fez nada além de repetir a posição do presidente dos EUA, Donald Trump.

"Militarmente está descartado. É que o Trump fala que todas as cartas estão sobre a mesa e todas as cartas são todas as cartas. Ninguém quer intervir militarmente, essa não é uma hipótese relevante e o Brasil não pensa nisso", disse Eduardo. "O presidente e os generais que estão tratando disso têm falado que não é uma opção", completou.
Direto do Estadão Conteúdo, Ricardo Galhardo e Daniel Weterman, especial para Santiago
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet