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Notícias / Política

26/03/2019 às 20:23

'Empréstimo deixará dívida para próximos governos', avalia Lúdio

A análise do parlamentar se baseia no fato de que o pagamento deste empréstimo será parcelado em 20 anos, ou seja, até 2039

Luana Valentim

'Empréstimo deixará dívida para próximos governos', avalia Lúdio

Foto: Luana Valentim

O deputado estadual, Ludio Cabral (PT), em conversa com jornalistas nesta terça-feira (26), na Assembleia Legislativa, declarou que os números apresentados pelo secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, referente ao empréstimo com o Banco Mundial, dá a entender que apenas será uma dívida a ser deixada para os próximos governos.

A análise do parlamentar se baseia no fato de que o pagamento deste empréstimo – feito para quitar a dívida dolarizada com o Bank of America – será parcelado em 20 anos, ou seja, até 2039.

“Uma coisa é trabalhar com aquele termo técnico que é o valor presente líquido, outra coisa é o desembolso real final do empréstimo. E tem uma conta que é simples R$ 3,5 ao ano durante 20 anos, se eu fizer uma conta aritmética, é 70% a mais, pois 5% ao ano com mais quatro é 20%”, explicou.

Lúdio destacou que, por serem compostos, os juros chegarão a quase 100% e o empréstimo em dólar sem redig, porque não poderá ser feito agora pela alta do dólar.

Segundo o petista, na prática o governo deixará de pagar uma dívida de R$ 1 bilhão – que deve ser quitada em seu mandato – para pagar R$ 300 milhões e deixar no mínimo mais R$ 1 bilhão para os próximos governos.

“Quero estudar com mais detalhes, mas na minha opinião esse empréstimo não é benéfico para o Estado. Eu disse ao presidente da Assembleia que isso precisa tramitar sem pressa, para que tenhamos segurança e os deputados da base do governador podem propor uma emenda, para amarrar esses R$ 700 milhões que deixará de pagar em empréstimos, para as áreas essenciais como saúde, educação e segurança”, disparou.

Lúdio declarou que, diante da exposição feita pelo secretário, o seu voto será contrário ao empréstimo. Mas requisitou a tabela para estudar melhor este caso.

O deputado explicou que, analisando os cálculos dos juros, o governador teria que pagar até 2022 R$ 1 bilhão, mas com o parcelamento em 20 anos, aumentará R$ 360 milhões no valor total.

"Se aprovado, Mendes irá pagar apenas R$ 300 milhões e o restante que sobrar, os R$ 700 milhões, conforme a mensagem, tem poder discricionário para aplicar no que ele quiser, pois não está definido para onde irá isso. E deixará para os próximos governos o mesmo R$ 1 bilhão que há hoje”, frisou.
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