O coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originária Criminal (Naco Criminal), procurador de Justiça Domingos Sávio de Barros, afirmou que o Ministério Público Estadual (MPE) pretende fazer com que políticos respondam por atos de corrupção e outros tipos de ações inadequadas enquanto ainda exercem os mandatos.
Para ele, o sistema atualmente é falho e muitos respondem aos processos e investigações após deixarem o mandato. “ Tanto o MP e a polícia têm dificuldades e agora iremos fortalecer. Queremos que essas pessoas sejam processadas durante o exercício do mandato delas. Isso é uma falha, a gente percebe que existem vários processos antes da ação penal e a pessoa perde o cargo e aí tem que descer para a 1ª instância”, comentou.
Conforme o promotor, são 40 processos tramitando no Tribunal de Justiça de Mato Grosso com pessoas detentoras de foro privilegiado. “Esse convênio entre o Naco e o governo vai agilizar todos esses processos. Os inquéritos que estão nas delegacias e na Defaz (Delegacia Fazendária) serão mais ágeis. Lembrando que o convênio é também a equipe que estará com o delegado cedido pelo governo, como o investigador e o escrivão”, cita.
Domingos disse que também terá apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) nas futuras operações que serão desencadeadas pelo Naco.
O Termo de Cooperação Técnica foi assinado pelo governador Mauro Mendes (DEM), o secretário de Segurança Pública (Sesp), Alexandre Bustamante, o chefe do Ministério Público do Estado (MPE), José Antônio Borges Pereira, e pelo coordenador do Naco, o procurador de Justiça, Domingos Sávio.