Em Mato Grosso, propriedades rurais continuam sendo alvo de criminosos, que estão tirando a paz no campo. No início deste mês, uma fazenda na região do Distrito da Guia foi invadida por uma quadrilha, que tentou roubar o gado da propriedade. O dono da fazenda e seus familiares ficaram reféns dos criminosos e só conseguiram escapar lutando com um dos assaltantes e chamando a polícia.
O grupo chegou a prender aproximadamente 100 cabeças no curral. Dois bandidos tentaram fugir do cerco policial, mas morreram após colidir o veículo em que estavam em um outro carro na MT-010. O acidente vitimou ainda dois moradores da Guia. Um assaltante foi preso.
Além dos animais, maquinários e defensivos agrícolas também são os produtos do campo mais procurados pelos bandidos. No primeiro trimestre deste ano, Mato Grosso registrou um aumento nas ocorrências de roubo, se comparado ao mesmo período do ano passado.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), de janeiro a março de 2019, foram registradas 83 ocorrências de roubo, enquanto que, no mesmo período do ano passado, foram 67. Em contrapartida, o balanço mostrou que os casos de furto caíram nos três primeiros meses do ano no Estado, se comparado ao mesmo período em 2018. Neste trimestre foram registradas 442 ocorrências. Já de janeiro a março de 2018, foram 472 casos.
Nesta terça-feira (16) presidentes de Sindicato Rural da região do Araguaia, acompanhados pelo diretor de Relações Institucionais da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), José Luiz Fidelis, se reuniram com o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, para cobrar melhorias nas condições de trabalho para as Polícias Civil e Militar e ações efetivas de inteligência, investigação e para coibir os crimes.
Para os presidentes, os produtores e trabalhadores rurais estão se sentindo inseguros. “A sensação de insegurança e o medo estão tirando a paz dos produtores rurais e das famílias que vivem no campo. Na região, tem propriedade rural invadida por criminosos que conseguiram levar mais de 400 cabeças de gado. Como pode isso? Sem falar nos casos em que produtores, colaboradores e familiares são mantidos em cárcere ou até mesmo têm suas vidas ceifadas”, disseram com preocupação.
O secretário Bustamante falou das medidas que já estão em estudo, entre elas a criação de um sistema de monitoramento de rodovias, bem como a criação de unidades da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Judiciária Civil, em pontos estratégicos.
O secretário pediu o apoio dos sindicados, no sentido de orientar os produtores rurais a contribuírem com o serviço das Polícias Civil e Militar, com informações, boletins de ocorrência, denúncia de suspeitos e o reforço na segurança particular das propriedades como, por exemplo, instalação de câmeras de monitoramento, controle de estoque de defensivos agrícolas, entre outras ações que possam inibir os criminosos.
O diretor de Relações Institucionais da Famato, José Luiz Fidelis, disse que o Sistema Famato está disposto a colaborar com o Estado por meio dos 92 sindicatos rurais, na tentativa de prevenir e coibir ações de organizações criminosas, orientando os produtores rurais sobre as medidas de segurança.
Com informações da Ascom Famato/MT
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