Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde apontou que Cuiabá está em situação de risco para infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) foi divulgado pelo órgão nesta terça-feira (30), e indicou que 994 municípios brasileiros apresentaram alto índice de infestação.
Ao todo, 5.214 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor, sendo 4.958 (95,1%) por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 256 por armadilha, utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente no local.
Além das cidades em situação de risco, o levantamento identificou 2.160 municípios em alerta, com o índice de infestação predial (IIP) entre 1% a 3,9% e 1.804 municípios com índices satisfatórios, inferiores a 1%. No total, 25 capitais realizaram o Levantamento Rápido de Índices por Aedes aegypti (LIRAa).
Cinco capitais estão com índice satisfatório: Boa Vista (RR), João Pessoa (PB), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e o Distrito Federal. A capital Cuiabá (MT) está em risco.
Outras 16 capitais estão em alerta: Fortaleza (CE), Porto Velho (RO), Palmas (TO), Salvador (BA), Teresina (PI), Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Vitória (ES), São Luis (MA), Belém (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Maceió (AL), Aracaju (SE) e Goiânia (GO).
Os municípios de Natal (RN), Porto Alegre (RS) e Curtiba (PR) realizaram levantamento por armadilha. As capitais Florianópolis (SC) e Rio Branco (AC) não enviaram informações. Os dados foram coletados no período de janeiro a março deste ano.
“O resultado do LIRAa confirma o aumento da incidência de casos de dengue em todo o país que subiu 339,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Esses resultados indicam que é preciso fortalecer ainda mais as ações de combate ao mosquito transmissor, com a participação da população e de todos os gestores locais e federal”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber, que completou afirmando que “Mesmo com aumento no número de casos da doença, a taxa de incidência de 2019 está dentro do esperado para o período. Sendo assim, até o momento, o país não está em situação de epidemia, embora possa haver epidemias localizadas em alguns municípios e estados”, disse.
Com informações da Assessoria, Amanda Mendes, Agência de Saúde