A reportagem do Portal Leiagora procurou, nesta quarta-feira (15), o Sindicato das Empresas de Segurança, Vigilância e Transporte de Valores do Estado de Mato Grosso (Sindesp/MT) e a empresa Brinks, para se manifestarem em relação as causações feitas a uma vigilante da mesma empresa, de suposta participação na tentativa de roubo a um carro-forte, no supermercado Atacadão, na última sexta-feira (10).
A empresa Brinks informou que está aguardando o resultado das investigações para falar sobre o assunto. Já o Sindesp preferiu não se pronunciar sobre o caso.
A vigilante da empresa foi acusada pela esposa de um dos suspeitos mortos na ação policial. A informação foi divulgada em áudios que circularam em grupos de whatsapp. “A mulher do cara que morreu já chegou gritando com os policias: “Meu marido morreu. Não vai ficar assim não. Cadê a mulher vigilante? Cadê ela? Ela que deu o canal de tudo”. Já foi caguetando. O delegado já abraçou e levou ela para dentro”, diz um dos áudios.
O coordenador da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil, delegado Flávio Stringueta, disse com exclusividade ao Portal Leiagora, na última segunda-feira (13), que o próximo passo nas investigações em relação à suposta participação de uma vigilante, será pedir judicialmente a quebra do sigilo telefônico da funcionária, para apurar os dados do aparelho e saber se ela se comunicava ou não com os criminosos.
A vigilante foi ouvida pelo delegado no mesmo dia da tentativa de roubo e negou as acusações. “Estamos fazendo as apurações. O próximo passo agora é conseguir autorização judicial, para quebra dos dados do telefone dela, para apuração dos dados e saber se ela se comunicava ou não com os criminosos”, disse Stringueta.
O caso
Três criminosos foram mortos em confronto, após tentativa de roubo a malotes de abastecimentos de caixas eletrônicos, ocorrido na última sexta-feira (10), no supermercado Atacadão, na região do Coxipó, em Cuiabá.
Os criminosos eram monitorados pela força-tarefa da Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária (Saap) e Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Seop/MJSP).
Foram mortos Luciaquino Quirino Serra de Paula, 37 anos, Fábio Aparecido da Costa, 26 anos, e D.F.S.(sem idade identificada).
Segundo a Polícia Civil, eles vinham atuando contra joalherias em Cuiabá e também eram investigados pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) da capital, que ajudou a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) na identificação deles. Ao menos cinco teriam participado da ação criminosa. Dois estão foragidos.