Autor do projeto que prevê a o corte em 50% da Verba indenizatória de R$ 65 mil concedidas aos deputados estaduais, Ulysses Moraes (DC), ‘caiu em tentação’ e usou nos meses de abril e maio os valores de R$ 6.657,55 e R$ 9.936,09, referentes a VI.
O projeto que prevê a redução da VI foi aprovada na Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária (CFAEO). Agora segue para ser apreciada em plenário.
No mês de fevereiro, o deputado fez uma 'mega festa' de divulgação por ter gasto apenas R$ 3.097,78 e ficou conhecido como sendo o deputado que menos 'gasta'.
O chefe de gabinete do parlamentar, Aécio Guerino, também não vem dando bom exemplo. Ele já gastou R$ 36 mil nestes três meses.
Nota de esclarecimento
O deputado estadual Ulysses Moraes (DC) informa que utilizou, durante os três primeiros meses de seu mandato, um total de R$ 19.691,42. Em média, os gastos mensais do parlamentar ficaram em R$ 6,5 mil, ou seja, aproximadamente 20% do proposto pelo legislador em seu projeto de redução da verba indenizatória, e 10% do montante disponível atualmente aos 24 deputados.
No mesmo período, em média, os outros deputados da Casa utilizaram R$ 63.877,97 mensais, ou seja, quase 10 vezes mais que Ulysses Moraes. O parlamentar também frisa que sempre defendeu a redução e não a abstenção total da verba indenizatória, além da prestação de contas dos valores gastos pelos deputados estaduais em suas atividades parlamentares.
O chefe de gabinete do parlamentar, que também preza pela transparência e teria direito a R$ 12 mil mensais como verba indenizatória, devolve porém aos cofres públicos da ALMT, 50% deste valor, pelo fato de que sua equipe entende que o aumento dado pela Casa não teve a devida publicidade e tampouco amparo legal que preveja o pagamento do valor de R$ 12 mil aos chefes de gabinete, fato este, inclusive, noticiado ao Ministério Público Estadual, em abril.
Vale ressaltar que a partir da divulgação por parte de Ulysses Moraes, dos valores pagos a todos os parlamentares a título de verba indenizatória, em março, referente ao mês de fevereiro, a Casa passou a não divulgar mais o que cada parlamentar recebeu, apenas apresentando os valores sem identificação.