A senadora Selma Arruda (PSL) declarou nesta segunda-feira (20), que ficou chocada ao fiscalizar Pronto-Socorro Municipal, afirmando que já viu muita cadeia mais limpa e mais cheirosa que a unidade hospitalar. A declaração foi feita na Câmara Municipal de Cuiabá.
Recentemente, Selma gravou um vídeo alegando que recebeu denúncias de que o PSM padecia de insumos básico e que, inclusive, haviam pacientes na UTI passando fome por estarem sem a sonda.
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Selma disse que ficou muito revoltada com a situação e por isso fez o vídeo, como forma de alertar a população sobre o que estava acontecendo na unidade.
Resolveu então que iria pessoalmente ao local averiguar a situação, inclusive, o próprio prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) rebateu a senadora e a convidou para conhecer a ‘real situação da saúde de Cuiabá’.
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“E eu fui na sexta-feira passada, acompanhada do promotor de Justiça Alexandre Guedes, um auditor do Ministério da Saúde e de um representante do Sindimed. Fui sem alarde, apenas como fiscalizadora que sou. Como o Pronto-Socorro atende pelo Sus que recebe verba federal, óbvio que é da minha alçada fazer essa fiscalização’, informou.
Selma relatou que na UTI verificou que tem ferrugem próximo aos pacientes feridos, ‘caldo’ marrom escorrendo pela parede que sai de algum esgoto, além de estarem descascadas e com mofo.
A senadora informou que constatou a veracidade das denúncias ao averiguar a falta de seringas, luvas apenas no tamanho P que rasgam com facilidade, em alguns departamentos faltam remédios encontrando apenas o Tramal para dor. E que os pacientes são ‘colocados para dormir’ por meio de um medicamento, para assim não ‘reclamarem de dor’.
“Estive também naquela ala vermelha que mais parece um centro de concentração de filme de guerra, aonde tem aquelas pessoas faltando pedaços sendo atendidas ali. Entre uma maca e outra não cabe uma pessoa e o corredor lotado. Eu fotografei, mas preservei os pacientes e seus acompanhantes”, disse.
Selma ainda destacou que viu coisas piores, faltando humanidade para com as pessoas que são tratadas piores que bicho. Diante disso, irá solicitar uma auditoria oficial do Ministério da Saúde no Pronto-Socorro e estudar Projetos de Lei que humanizem mais o local, não podendo deixar perpetuar essa situação. ‘É uma fábrica de cadáveres’.
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