O vereador de Cuiabá, Abílio Brunini (PSC), usou da tribuna nesta terça-feira (21), para cobrar uma atitude da Câmara Municipal quanto as denúncias feitas referentes ao descaso no Pronto-Socorro. Ele ressaltou que a Casa está prostrada de joelhos a péssima gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (DEM) e a população está pagando por isso.
Para dar consistência a suas afirmações, Abílio apresentou um vídeo onde a senadora Selma Arruda (PSL), em visita a Casa nessa segunda-feira (21), disse que o PSM é uma fábrica de cadáveres.
Também exibiu a entrevista com o diretor de comunicação do Sindimed, Adeildo Lucena, falando que diante da falta de materiais básicos as cirurgias de urgência na unidade foram suspensas. Ele destacou que muitos pacientes estão ficando com sequelas, até porque falta medicamentos no PSM, classificando a atitude como uma omissão de socorro.
“O povo não tem voz! A Câmara Municipal de Cuiabá está preocupada em comprar e alugar carro para vereadores. Preocupada com outros assuntos. Uma senadora da República vem na nossa Casa dizer o que temos que fazer, assim como os deputados. Temos que mudar a imagem dessa Casa, mas estamos cauterizados”, disse Abílio.
O vereador disse que a Câmara está anestesiada, pois em qualquer outra cidade em que os representantes se importem com a população já teriam aberto um processo investigatório com pedido de cassação do prefeito.
Abílio relatou que é gasto R$ 1 bilhão na saúde, no entanto, os resultados são poucos. Faltando remédios em todas as unidades básicas, em todas as policlínicas e servidores, avaliando que só houve má gestão no serviço público até o momento. ‘O prefeito está construindo uma emergência fabricada’.
“As pessoas do nosso município estão morrendo e elas são nossas eleitoras. Sei que a nossa representatividade dentro da Câmara é baixa, mas não podemos ficar de braços cruzados e achar que é normal, culpando outras gestões. Não podemos fechar os olhos para as pessoas que estão reclamando”, destacou.
O parlamentar informou que nessa segunda-feira (20), recebeu diversas mensagens e ligações falando que o Pronto-Socorro atual está um caos, onde tiraram as pessoas do corredor e as empilharam nos quartos.
“E nós vereadores, até o direito de fiscalizar nos foi tirado. Não posso entrar no Pronto-Socorro e nenhum dos nossos colegas a não ser que tenha a benção do secretário e do prefeito. Chamei o vereador Renivaldo ele foi comigo e nem eles queriam deixar entrar. Ele teve que ‘peitar’ o segurança, empurrar o portão para poder entrar. Se ele fosse da oposição seria acusado de invasão”, disparou.