Começa na próxima semana, no dia 15 de junho, o vazio sanitário da soja em Mato Grosso. Durante o período, que se estende até o dia 15 de setembro, as plantas de soja vivas ficam proibidas de serem cultivadas ou germinadas.
A Instrução Normativa Conjunta da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e o Instituto de Desfesa Agropecuária (Indea) existe desde 2006 no estado, com o objetivo de reduzir o fungo Phakopsora pachyrhizi na entressafra e impedir que a ferrugem asiática apareça na safra seguinte.
Na temporada 2018/2019, 12.694 propriedades com área plantada de soja foram cadastradas no Indea. São 8,7 milhões de hectares de área.
Ao começar o período do vazio, a meta é fiscalizar 60% das propriedades, a fim de que seja não seja constatada a presença de nenhuma planta de soja.
Isso porque o fungo causador da ferrugem asiática precisa de um hospedeiro vivo para se desenvolver e se multiplicar. Quando as plantas de soja são eliminadas, o ciclo do fungo é quebrado e reduz a quantidade de esporos no ambiente.
A doença causa a desfolha precoce da planta, fazendo com que os grãos não se formem por completo e isso consequentemente afeta a produtividade, que se torna menor.
Quem descumprir o período do vazio sanitário pagará multa, conforme o Indea, de 30 Unidade Padrão Fiscal (UPF), cerca de R$ 4,2 mil, mais 2 UPF por hectare de planta não eliminada.