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13/06/2019 às 16:16

Elisa y Marcela, a história de um século que ainda vive

A Netflix produziu o filme que retrata a história do primeiro casal de lésbicas do século a se casar na igreja e mostra e falta de aceitação da sociedade, refletindo os dias atuais

Josiane Dalmagro

Elisa y Marcela, a história de um século que ainda vive

Foto: Divulgação

O que é certo ou errado e para quem em que momento? As perguntas parecem confusas, mas dizem muito sobre o mundo e sobre como, em cem anos, algumas coisas mudaram muito pouco.

É sobre isso, em especial, que fala o filme Elisa y Marcela, lançado recentemente pela Netflix, com direção da cineasta espanhola Isabel Coixet e protagonizado por Natalia de Molina e Greta Fernández.

O filme é um romance entre duas garotas, baseado em uma história real do final do século retrasado e começo do século passado, que passam um enfrentamento social de dimensões continentais.

O filme fala sobre a aceitação do outro, suas escolhas e o quanto as pessoas cuidam das vidas umas das outras, a falta de avanço social de um século para cá e como a sociedade não avançou muito, já que muitos casais homossexuais ainda precisam lutar pelo direito de existir e concretizar sua união, por meio do casamento.

Exibido toda em preto e branco, o filme mostra o romance nascendo, de forma delicada e natural, as duas personagens se apaixonando desde o primeiro encontro na escola, a aproximação rápida e intensa inevitável, como ocorre em qualquer caso de paixão avassaladora e, o desenrolar com a tentativa de separação da família, a distância e depois o retorno para o amor que não foi possível evitar.

Elisa e Marcela tentam, depois de anos distante uma da outra, viver finalmente o amor, porém dessa vez a sociedade é que tenta atrapalhar.

A solução - atenção para spoiler - foi uma delas cortar o cabelo, se passar por homem e, na tentativa de ter paz, forjarem um casamento religioso heterossexual, que acabou por ser descoberto também. No meio do drama, um filho é concebido para tentar validar toda a história. Ambas acabam presas e, ainda assim, juntas.

No fim das contas o casal precisou atravessar o oceano para ter paz e poder viver o amor.

Parece coisa de outro mundo, mas, em doses menores, isso ocorre até hoje por aqui. Isso porque o Brasil é um país “liberal”.

O questionamento que fica é o que faz com que as pessoas se preocupem tanto com o que os outros fazem no seu íntimo? Como se isso fosse mudar qualquer aspecto da sociedade, no fim das contas. O ontem e hoje se cruzam em muitos momentos no roteiro, que mostra o machismo, a homofobia e a repressão social vivenciadas pelas personagens, nesse drama histórico muito bem encenado e dirigido.
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