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18/06/2019 às 08:00

Polícia Civil cumpre 15 mandados contra suspeitos de facilitar a entrada de celulares na PCE

As ordens judiciais foram expedidas depois de representação dos delegados e manifestação favorável do Ministério Público Estado

Leiagora

Polícia Civil cumpre 15 mandados contra suspeitos de facilitar a entrada de celulares na PCE

Foto: Assessoria

A Polícia Civil de Mato Grosso cumpre. na manhã desta terça-feira (18.06). sete mandados de prisão e 8 ordens de busca e apreensão, na operação “Assepsia”, deflagrada após investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) sobre a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado.

Os mandados de prisão foram decretados  cinco servidores públicos e dois internos da Penitenciária Central do Estado (PCE). As 15 ordens judiciais são pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foram expedidas depois de representação dos delegados e manifestação favorável do Ministério Público Estado, via o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO).

No dia 6 de junho, na Penitenciária Central do Estado (PCE), foram localizados 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido.  Todo o  material estava acondicionado dentro da porta de um freezer, que foi deixado naquela unidade para ser entregue a um dos detentos.

Equipes da GCCO estiveram na PCE e verificaram que não havia nenhum registro de entrada ou mesmo informações acerca da entrega do referido eletrodoméstico.  Diante dos fatos e da inconsistência das informações, todos os agentes penitenciários presentes foram conduzidos até a Gerência e questionados sobre os fatos. No mesmo dia, a autoridade policial determinou a apreensão das imagens do circuito interno de monitoramente da unidade, que foram extraídas por meio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

Por meio dos depoimentos, da análise das imagens e conteúdo de aparelhos celulares apreendidos e ainda, da realização de diversas diligências, foi possível identificar e comprovar de maneira robusta, que três policiais militares, dentre eles um oficial de carreira, foram os responsáveis pela negociação e entrega do freezer recheado com os celulares. 

Com a ciência do diretor e do subdiretor da unidade, os militares enviaram o aparelho congelador que era destinado a um dos líderes de uma facção criminosa atuante no Estado.

Ao longo das investigações, a Polícia Civil conseguiu comprovar que nomesmo dia, duas horas antes do freezer ser interceptado, os três militares e os diretores da unidade, participaram de uma reunião a portas fechadas com o preso líder da organização criminosa, por mais de uma hora, dentro da sala da direção. "Toda a dinâmica dos fatos foi registrada pelas imagens da unidade prisional”, aponta o relatório da investigação.

No decorrer das investigações, ficou constado ainda que o veículo utilizado para a entrega do freezer, na unidade, pertence a outro reeducando, que também é considerado uma das lideranças da mesma facção. Esse reeducando divide cela com o destinatário do equipamento.

Além das prisões preventivas dos servidores públicos e dos líderes da facção criminosa, serão cumpridas medidas de busca e apreensão nas dependências da Penitenciária Central do Estado.

O inquérito será concluído nos próximos 10 dias. Os investigados poderão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, corrupção passiva e ainda por facilitação de entrada de celulares em estabelecimento prisional.

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) disse que acompanha a operação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e ressalta a importância da apuração dos fatos, feita de forma autônoma pela Polícia Judiciária Civil (PJC-MT).

A Secretaria defende a lisura das investigações, assim como as medidas punitivas a todos os envolvidos cujas participações sejam comprovadas. Ressalta ainda que está à disposição para colaborar com as autoridades neste e em outros casos, sempre visando à melhoria dos serviços prestados ao cidadão. O superintendente penitenciário, Gilberto Carvalho, responderá pela direção da Penitenciária Central do Estado (PCE) até que seja designado um novo gestor.


Já a Polícia Militar disse que a instituição por meio da Corregedoria informa que está acompanhando as diligências junto ao GCCO e levantando informações necessárias para apurar o caso. Destaca ainda que com base nas informações e documentos colhidos irá definir o procedimento a ser realizado.
Assessoria PJC
 
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