O promotor de Justiça, Celio Joubert Fúrio, por meio do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), solicitou ao ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o compartilhamento de provas colhidas durante a Operação Ararath para servir de contribuição ao inquérito civil sobre possível irregularidade na venda de uma fazenda do conselheiro afastado do Tribunal de Contas (TCE), Antônio Joaquim.
O ofício foi enviado ao Supremo no último dia 13, para verificar se a venda da área, realizada com dinheiro de propina, tem algum envolvimento com uma suposta negociação da vaga ocupada por Antonio Joaquim no Conselho do TCE.
“Tramita nesta 35ª Promotoria de Justiça Cível o Inquérito Civil instaurado para apurar possível irregularidade na venda de propriedade rural pertencente ao Conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Sr. Antônio Joaquim, cuja negociação envolveria também sua ‘vaga’ no órgão de contas”, pontuou o promotor.
As investigações tiveram início quando o ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, em delação premiada, afirmou que a negociação de compra e venda da propriedade rural foi adquirida com dinheiro ilícito. A propriedade, localizada em Nossa Senhora do Livramento, foi vendida pelo conselheiro ao empresário Wanderley Fachetti Torres, proprietário da construtora Trimec.
De acordo com a delação, Antônio tinha conhecimento que Silval era o principal comprador de sua fazenda, embora os trâmites tenham sido feitos com Faccheti, que, portanto, sabia que o dinheiro utilizado para comprar o imóvel rural era de propina.