O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública de Mato Grosso, Valdeir Pereira, destacou, nesta segunda-feira (01), que é uma vergonha a forma que o governador Mauro Mendes (DEM) apresentou a proposta de restituição dos salários descontados da categoria referente ao mês de maio.
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Devido à greve, que já dura há mais de 30 dias, Mendes – afirmando que a paralisação é ilegal – disse que, caso os profissionais não voltassem ao trabalho, seriam cortados os pontos. Com a resistência da categoria, houve o corte de ponto.
Segundo Valdeir, o dinheiro descontado dos salários da categoria está sendo utilizada para outras finalidades. Ele avalia que o governo deve suspender, de imediato, os descontos feitos nos salários dos servidores. E que sejam depositados no dia 10 os pagamentos dos proventos que foram descontados em folha complementar referente ao mês de maio.
O presidente do Sintep ainda disse que o governo declara estar aberto a diálogos, mas, na prática, é truculento e raivoso. E que se tivesse boas intenções, já teria apresentado os holerites com descontos em duplicidade, inclusive, do mês de maio.
“Na realidade nós vamos buscar essas negociações com o governo. O que suspende greve é proposta e nós estaremos cobrando isso em dois pontos: a Lei nº 510 e a restituição imediata dos pontos que foram cortados”, disse.
Contudo, Valdeir afirmou que a greve se mantém por tempo indeterminado. E que se o governo tem pressa para resolver essa questão no Estado, que apresente uma proposta imediata para esses dois pontos.
“Já estamos com uma assembleia marcada para a próxima segunda-feira e caso o governo realmente esteja interessado em avançar nas negociações, que apresente uma proposta. Estamos até com pré-disposição de antecipar a assembleia”, pontuou.
Valdeir disse que Mendes está brincando de governar o Estado, por utilizar-se de um discurso e adotar outras práticas. Pois se diz não ser um governo truculento, mas faz os cortes nos salários dos trabalhadores.
Ainda pontuou que o governo está equivocado ao afirmar que a greve dos profissionais da Educação estaria enfraquecida e dispara: ‘O governo precisa parar de ficar perdendo tempo em dizer que a greve está enfraquecida e se debruçar para apresentar uma proposta decente para os trabalhadores’.
