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Notícias / Polícia

12/07/2019 às 07:53

PF deflagra operação Florestas de Papel em MT e mais 4 estados

O objetivo é desarticular um esquema de exploração ilegal de madeiras na região amazônica nos períodos entre 2014 e 2017, envolvendo mais de 20 madeireiras

Leiagora

PF deflagra operação Florestas de Papel em MT e mais 4 estados

Foto: Reprodução da internet

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (12), a Operação Florestas de Papel, em Mato Grosso e mais quatro estados com o objetivo de desarticular um esquema de exploração ilegal de madeiras na região amazônica nos períodos entre 2014 e 2017, envolvendo mais de 20 madeireiras.

Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara da Seção Judiciária de Roraima, após a representação da autoridade policial.

Na ação, mais de 150 policiais federais cumprem 70 medidas judiciais entre prisões preventivas, temporárias, mandados de busca e apreensão e de suspensão de atividade econômica em Mato Grosso, Roraima, Amazonas, Maranhão e Pará.

Os fatos foram apurados ao longo de seis inquéritos policiais com apoio do Ministério Público Federal e apontam diversos tipos de fraudes cometidas por empresários para dar aparência de legalidade ao comércio, e movimentação de madeiras.

As fraudes eram realizadas no SisDof, sistema do Ibama que gerencia a expedição dos Documentos de Origem Florestal (DOF), que é uma licença obrigatória para o controle do transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa, como toras de madeira e madeira serrada.

A PF identificou mais de 91.000 metros cúbicos de madeira serrada que teriam sido “regularizadas” mediante fraude.

Convertidas em toras de madeira, este quantitativo se aproxima de 260.000 metros cúbicos, ou 120.000 toras, o suficiente para carregar aproximadamente oito mil caminhões. Dentre as espécies identificadas encontram-se Ipês, Cedros, Maçarandubas, Aroeiras e Jacarandás, dentre outras. No mercado, o valor das madeiras envolvidas na fraude poderia chegar a quase R$ 80 milhões.

O esquema utilizava empresas de fachada para conseguir ou utilizar DOFs, os quais eram empregados para “esquentar” madeiras retiradas ilegalmente com a simulação de extração, compra ou venda de madeiras entre as próprias empresas do esquema.

Vinte e duas empresas são investigadas, e vários dos sócios seriam laranjas dos reais proprietários. A maior parte das madeireiras investigadas são localizadas no sul do estado de Roraima.
 
 
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