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Notícias / Judiciário

12/07/2019 às 10:59

Juiz nega pedido de viagem de homem que matou engenheiro agrônomo em MT

Silas estava em uma lanchonete, quando Paulo chegou por trás, disparando contra a cabeça e pescoço da vítima, que caiu no chão

Maisa Martinelli

Juiz nega pedido de viagem de homem que matou engenheiro agrônomo em MT

Foto: Folha MT

O juiz Rafael Depra Panichella, da Vara de Porto dos Gaúchos (651 km de Cuiabá), indeferiu pedido do produtor rural Paulo Faruk de Moraes, que solicitou viajar a Juara para comparecer a uma consulta médica. Paulo está preso por ter matado o engenheiro agrônomo, Silas Henrique Palmieri Maia, em fevereiro deste ano.

A defesa de Paulo solicitou autorização judicial para que ele pudesse viajar nesta quinta-feira (11) à cidade para realizar consulta com urologista. No entanto, o magistrado negou o pedido, e somente autorizou Paulo ir em consultas em Porto dos Gaúchos – cidade onde está preso.

Panichella considerou que atendimento médico é um direito do detento, todavia, não verificou se tratar de urgência ou emergência, que justificasse a viagem.

“Muito embora o requente tenha apresentado uma guia de encaminhamento emitida pelo Dr. Danilo da Silveira Guerra, datada de 17/07/2018 e exames de ultrassonografias do abdome realizados em 25/05/2016 e 10/07/2018, não se verifica a demonstração de urgência ou emergência, a qual justificaria uma medida judicial célere, sobretudo quando se analisa que o direcionamento para a consulta em um profissional especializado possui mais de um ano”, pontuou o magistrado nos autos.
 
Relembre o caso

O crime aconteceu no dia 18 de fevereiro, por volta de 13 horas, quando Silas estava sentado na mesa de uma lanchonete com uma outra pessoa no povoado Novo Paraná, município de Porto dos Gaúchos, e foram surpreendidos por Paulo, que chegou por trás, sacou uma pistola e disparou cerca de seis tiros contra a cabeça e pescoço da vítima. Silas caiu no chão, já sem reação.

O criminoso então saiu em direção ao seu carro, olhando para trás, a fim de se certificar de que realmente havia matado a vítima.

Imediatamente, Silas foi encaminhado ao Posto de Saúde do povoado, sendo transferido, em seguida, ao Hospital de Porto dos Gaúchos, porém não resistiu ao ferimento, e veio a óbito.

Segundo um relatório enviado à Justiça, a suspeita é que Paulo matou Silas para não ter que pagar dívida de aproximadamente 12 toneladas de grãos que tinha com a empresa de insumos para qual o engenheiro agrônomo trabalhava em Sinop.
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