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Notícias / Judiciário

15/07/2019 às 09:37

Gerson acusa promotores de participarem de esquema grampos, mas pedido de delação é negado

O procurador de Justiça destacou em um despacho do último dia 5, que as informações trazidas pelo militar não são novas

Leiagora

Gerson acusa promotores de participarem de esquema grampos, mas pedido de delação é negado

Foto: Reprodução da internet

O pedido do cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Ferreira Correia Junior, de fazer uma delação premiada no caso das interceptações telefônicas que ficou nacionalmente conhecido como ‘Grampolândia Pantaneira’ foi negado pelo Ministério Público do Estado.

Gerson é considerado ‘delator bomba’ diante das revelações quanto ao esquema conhecido como ‘barriga de aluguel’ que interceptou telefones de políticos, médicos e diversas pessoas. Ainda revelou que o ex-governador Pedro Taques (PSDB), assim como o seu primo o ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, são os donos do esquema.

O procurador de Justiça e coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originário, Domingos Sávio, destacou em um despacho do último dia 5, que as informações trazidas pelo militar não são novas e não contribuem com as investigações, por isso não aceitou o pedido.

Gerson já deu dois depoimentos à Justiça no ano passado onde forneceu várias informações referentes ao esquema, uma vez que ele é quem administrava as interceptações. Mas neste ano, resolveu pedir para ser ouvido novamente, assim como alguns dos envolvidos, o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa e o coronel Evandro Lesco.

Ao fazer o pedido, o cabo acusou promotores de Justiça de terem participado do esquema ao viabilizarem as investigações e ações judiciais. De acordo com o que está no despacho, Gerson apresentou provas que apontam que os áudios e vídeos das operações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado foram manipulados.

Ainda aponta que há omissão de resultados do sistema oficial utilizado pelo Gaeco para realizar as interceptações telefônicas de um órgão.  Além da existência de uma ‘verba secreta’ em benefício do Gaeco.

Conforme as denúncias elencadas no despacho, as interceptações teriam sido feitas ainda nas operações Metástase que teve o ex-deputado estadual, José Riva, como alvo, Arqueiro e Ouro de Tolo, que levou à prisão a ex-primeira-dama Roseli Barbosa – esposa do ex-governador, Silval Barbosa.
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