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Notícias / Judiciário

22/07/2019 às 11:31

Turin diz que houve várias versões no caso dos grampos conforme conveniência dos militares

O procurador-geral de Justiça irá nesta terça-feira até a AL prestar esclarecimentos sobre o suposto envolvimento de promotores no caso dos grampos

Luana Valentim

Turin diz que houve várias versões no caso dos grampos conforme conveniência dos militares

Foto: Reprodução da internet

O presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público, o promotor Roberto Turin, disse, nesta segunda-feira (22), que pretende acompanhar o procurador-Geral da Justiça, José Antônio Borges, até a Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos sobre o suposto envolvimento de membros do MPE no caso que ficou nacionalmente conhecido como Grampolândia Pantaneira.

Nesta terça-feira (23), Borges irá até à Casa de Leis, conforme solicitação do presidente da Casa, Eduardo Botelho (DEM). A intenção dos deputados era de abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o caso, no entanto, Botelho optou por primeiro ouvir Borges sobre o assunto. Após, ficará a critério dos parlamentares decidirem se vale a pena abrir uma CPI.

“Acho louvável a atitude de Borges em se dispor a prestar todos os esclarecimentos. Quanto à iniciativa do deputado Botelho como presidente da Casa e da deputada Janaina nessa convocação do procurador-geral, acho que é sempre muito melhor haver esse diálogo prévio entre as instituições do que a instalação de um procedimento no estilo de uma CPI ressaltando, contudo, que a instalação ou não da CPI é prerrogativa da Assembleia Legislativa e deve ser respeitada”, frisou.

Quanto ao depoimento do cabo Gerson Luiz Ferreira Correia Junior, do coronel Evandro Lesco e do ex-comandante da Pm, Zaqueu Barbosa, Turin ressalta a necessidade de investigar os fatos relatados no reinterrogatório feito na semana passada

“Temos que ressaltar isso, que eles estavam ali sendo interrogados numa denúncia de crime tipicamente militar propriamente dito e não dos crimes envolvendo a chamada Grampolândia, no sentido dos crimes de interceptação de comunicações telefônicas feitos de forma ilícita popularmente chamado de grampo”, disse.

Turin relatou que os crimes de formação de quadrilha e falsidade são de competência comum onde ainda nem se iniciou a ação penal, mas os militares também já foram interrogados sobre isso, assim como na Corregedoria do Ministério Público, Corregedoria do Judiciário, pelo Conselho Nacional do MP.

Ele frisou que houve várias versões diferentes de acordo com a conveniência e oportunidade de cada momento. Mas, tirando isso, notadamente ao que diz respeito ao MPE, houve acusações de fatos, em tese, muito graves se forem verdadeiros.

Avaliando que deve-se então investigar esses fatos, pois a sociedade exige e merece essa investigação, inclusive, os promotores citados exigem isso, afirmando que ela precisa ser feita da maneira mais profunda possível.

“O que a gente questiona é que está havendo muita desinformação em algumas situações. Primeiro: muita gente confundindo a investigação desses fatos com uma pretensa obrigação de conceder colaboração premiada a esses mesmos agentes cabo, Zaqueu e Lesco”, pontuou.

Ainda informou que o fato de o MPE ter negado a colaboração, não quer dizer que não haverá investigação, pelo contrário. Mas explicou que o órgão negou benefícios de diminuição da pena ou até mesmo de eventual perdão judicial, por entender que eles não eram merecedores desses benefícios ou que a colaboração deles não preenchia os requisitos de lei.

Destacou que os fatos citados, em sua maioria, já eram conhecidos e antigos, pois já havia um inquérito no Tribunal de Justiça sob a relatoria do desembargador Orlando Perri referente a representação da OAB feito há anos, que elenca as pretensas ‘barrigas de aluguéis’ em tese cometidas por membros do Gaeco, nas operações envolvendo a ex-primeira-dama, Roseli Barbosa, Imperador e Arqueiro que são as mesmas citadas pelo cabo. ‘Então os fatos já eram conhecidos e já tem uma investigação em andamento sobre eles’.
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