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Notícias / Judiciário

24/07/2019 às 08:11

Empresa que fará a auditoria no MPE é a mesma denunciada por cabo Gerson

O procurador-geral afirmou que a própria empresa que foi indicada no inquérito que deve fazer a auditoria

Luana Valentim

Empresa que fará a auditoria no MPE é a mesma denunciada por cabo Gerson

Foto: Reprodução da internet

O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, informou nesta terça-feira (23), que o Ministério Público do Estado tem uma empresa que fornece o Guardião e ela é que fará a auditoria, afirmando que a própria empresa que foi indicada no inquérito que deve fazê-la.

A empresa em questão foi citada pelo cabo da Policia Militar, Gerson Luiz Ferreira Correia Junior, no depoimento como sendo pelo sistema Guardião que eles faziam as interceptações telefônicas.

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“A auditoria citada por Gerson foi feita internamente e agora será externa que é exatamente essa empresa. Porque veja bem, qual o nome dessa empresa para ela vender um programa e que não é barato, se não me engano é R$ 70 mil por ano ou muito mais, é a confiabilidade do programa dela, então se ela não tem confiabilidade não venderá o programa, por isso que faz auditoria”, explicou.

Borges explicou que o escândalo da Grampolândia, por enquanto, foi o que aconteceu em Cáceres. Já a parte do Ministério Público em relação a participação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado, mas irá averiguar se houve alguma situação dessa forma.

O procurador explicou que o escritório da Grampolândia feito em Cuiabá veio com ordens judiciais de Cáceres, onde o promotor e o juiz da cidade foram induzidos ao erro.

Borges destacou que o promotor Domingos Savio não aceitou a delação premiada, pois a forma como foi trazida as informações pelo cabo Gerson dizendo situações que não tem pertinência temática em relação a Grampolândia.

“Além de outros fatos que ele disse que no Gaeco existiu de alguma forma a possibilidade de ter ali grampos. Que seria no caso o que fazemos é interceptação telefônica, grampos não. Agora vamos investigar isso internamente e foi o que passei aos deputados”, disse.

Em relação a placa que o cabo Gerson disse que foi roubada de dentro do Gaeco e após foi destruída, Borges disse que ela não se encontra no Gaeco e que houve um peculato/furto, pois, a partir do momento que um patrimônio do MPE some das suas dependências, houve um furto.

“Dr Paulo Prado não conversa, ele é investigado. Então será ouvido no devido momento para explicar se de fato ele deu essa placa ou se ela foi furtada”, disparou.

Borges ressaltou que as informações obtidas das investigações só serão compartilhadas com os deputados caso eles achem necessário ou monte uma Comissão Interna Processante, caso contrário, as informações serão compartilhadas para o sistema de Justiça. ‘Não pedi para não montarem CPI até porque essa é uma decisão política deles’.

O procurador informou que tudo que passou pelo MPE com ordem Judicial não é grampo, afirmando que pode ter acontecido é uma intrusão, que é quando se quer descobrir um outro crime jogando em outra investigação que é o caso das delegadas que, sabendo que não estavam investigando nada de crime, mas outras duas mulheres sem saberem o motivo.

“Barriga não pode existir dentro do MPE, se tiver é interceptação telefônica por ordem judicial. Se tiver barriga não foi para descobrir crimes, mas para ter informações políticas ou para especular vida intima das pessoas”, pontuou.

Borges disse que o desespero do cabo Gerson, do ex-comandante da PM, Zaqueu Barbosa e do coronel Evandro Lesco, não é a pena de quatro anos, mas a perda do emprego e da aposentadoria. Afirmando que uma delação premiada tem que vir efetivamente com provas claras, não é falar mal de alguém e depois ficar sem ter base para uma denúncia, por isso que ela é feita de forma confidencial.
 
 
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1 comentário

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  • Paulo Boss 24/07/2019 às 00:00

    Somos todos mané... Ai não sai nada... Tudo será convertido em Pizzas .

 
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