O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira (25) a existência de um limite de até R$ 500 para o saque das contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), medida anunciada pelo governo na véspera.
"Fizemos o que foi possível. Se achar que é pouco [500], é só não retirar", afirmou.
Trabalhadores poderão retirar até R$ 500 de cada conta ativa (do emprego atual) e inativa (de trabalhos anteriores) entre setembro de 2019 e março de 2020, uma iniciativa que tem por objetivo ajudar na recuperação da economia. A previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano é de 0,81%, abaixo dos 1,1% registrados em 2018 e em 2017.
Bolsonaro foi questionado por jornalistas sobre a eficiência da medida, já que a liberação tem valor limitado. Segundo o presidente, a liberação de recursos foi uma alternativa diante do endividamento da população.
"Abrimos uma excepcionalidade. A forma de obtenção do FGTS não é essa que propomos agora. Mas 80% dos trabalhadores que têm o fundo estão com menos de R$ 500 na conta", disse.
O presidente afirmou ainda que, se os saques fossem de valor mais alto que R$ 500, os principais impactados seriam os mais pobres.
"Não poderíamos abrir de forma mais ampla, porque prejudicaríamos o pobre na aquisição e na construção de sua casa tão merecida e o governo não vai abandonar isso daí".
Além da liberação deste saque extraordinário, o governo anunciou ainda uma nova modalidade de acesso ao FGTS, chamada de saque-aniversário.
O trabalhador poderá optar por sacar um percentual do fundo anualmente. Se fizer essa escolha, ele deixa de receber o valor acumulado em uma eventual demissão sem justa causa.
Direto de São Paulo / Folhapress