As famílias de baixa renda gastaram mais com a conta de luz e alimentos em julho, acelerando a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) no mês, informou nesta segunda-feira, 5, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IPC-C1 saiu de uma queda de 0,07% em junho para um aumento de 0,43% em julho.
Quatro das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Habitação (de -0,24% em junho para 1,32% em julho), Alimentação (de -0,16% para 0,20%), Despesas Diversas (de -0,23% para 0,40%) e Transportes (de -0,38% para -0,24%). Houve pressão dos itens tarifa de eletricidade residencial (de -2,30% para 6,42%), arroz e feijão (de -3,97% para -0,84%), alimentos para animais domésticos (de -1,36% para 1,98%) e gasolina (de -2,67% para -1,86%).
Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Vestuário (de 0,60% para -0,28%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,78% para 0,16%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,31% para 0,28%) e Comunicação (de 0,07% para 0,04%), com destaque para os itens roupas (de 0,71% para -0,43%), passagem aérea (de 22,85% para -2,20%), serviços de cuidados pessoais (de 0,38% para 0,05%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,46% para 0,10%).
Direto do Rio de Janeiro, Daniela Amorim, Estadão Conteúdo