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06/08/2019 às 09:01

Grevista diz que governo Mendes é feito de ameaças e não de propostas

Os profissionais da Educação ignoraram as ameaças de demissão do governador e irão manter a greve no Estado

Luana Valentim

Grevista diz que governo Mendes é feito de ameaças e não de propostas

Foto: Luana Valentim/Leiagora

O professor Mário Jorge de Araújo Lima Segundo disse ao Leiagora nesta segunda-feira (05), que o governo Mauro Mendes (DEM), é feito de ameaças e não de propostas. Ainda ressaltou que o democrata nunca apresentou uma proposta à categoria que já está em greve há 72 dias, sendo a maior da história.

A última greve da Educação que durou meses foi em 2016. Ela durou 67 dias e só terminou com uma proposta do governo Pedro Taques (PSDB), à época.

“Esse governo mentiu bastante. Fui um dos que votou nele, fiz campanha através de suas mentiras e logo que ele assumiu o governo, jogou as promessas no lixo. Agora coloca a categoria da Educação como se não fosse nada. Mas ele será lembrado como o homem que tentou destruir a Educação de Mato Grosso”, disparou.

O professor relatou que Mendes nunca recebeu a categoria para dialogar, apenas os deputados. E que a base do governo fica em um jogo de empurra temendo as próximas eleições.

“Vou dizer uma coisa, quem for apoiado por esse governo pode esquecer eleição”, frisou.

Mário classificou o Judiciário como uma ‘palhaçada’, por não fazer cumprir a Lei 510/2013. Ainda ressaltou que mesmo diante das ameaças de serem ‘demitidos’, haverá resistência da classe e que os advogados do sindicato irão lutar na Justiça para garantir os direitos dos professores. “Nem que tenhamos que invadir escolas”.

Como sindicalista, Mário afirmou que não viu proposta vindo do governo como Mendes afirmou ter feito a última nesta segunda.

“Ele quer colocar ao vento que ano que vem se der ele [Mendes] vai cumprir. E, para mim, um governo feito ao vento não tem como se governar. Ano que vem já tem a data/base de novo que é em maio”, disse.
Apesar desse imbróglio, Mário espera que o governo atenda a categoria e faça uma proposta verdadeira que, segundo ele, tem passado por situações humilhantes. “Sem proposta a greve continua”.

Manifesto

Os servidores da Educação resolveram manter a greve por tempo indeterminado mesmo após as ameaças de demissões por parte do governador.  De acordo com o chefe do Executivo, após 30 dias da decisão judicial que mandou encerrar à greve o Estado pode afastar os grevistas e convocar contratados.

Saiba Mais: Professores ‘não dão moral’ para ameaças de demissão de governador; greve é mantida

A assembleia geral que decidiu pela permanência da greve ocorreu na tarde de segunda-feira (5), em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Centro Político Administrativo, CPA, onde os profissionais permanecem acampados.

Última proposta

Na proposição apresentada, assim que o Estado voltar aos limites da LRF, todo o espaço fiscal aberto abaixo de 49% da Receita Corrente Líquida (RCL) será usado para a concessão da RGA e dos aumentos remuneratórios aos servidores.

Saiba Mais: Mendes faz última proposta; espera baixar limite da LRF para pagar RGA e outros reajustes

Deste espaço fiscal, 75% será destinado à RGA para todos os servidores públicos e os 25% restantes para os reajustes já concedidos nas leis de carreira – que beneficiariam os profissionais da Educação, Meio Ambiente e Fazenda.
 
Para exemplificar, na hipótese de o Estado estar dentro dos limites da LRF e houver espaço fiscal de R$ 100 milhões, R$ 75 milhões serão destinados a pagar a RGA e R$ 25 milhões para quitar os reajustes das leis de carreira.
 
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