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Notícias / Judiciário

08/08/2019 às 17:43

TJ solta mais 8 acusados de participação em jogo do bicho em MT

Os investigados soltos nesta quinta pediram extensão no processo que soltou o genro de João Arcanjo Ribeiro

Leiagora

TJ solta mais 8 acusados de participação em jogo do bicho em MT

Foto: Assessoria

Em sessão 3ª Camara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) realizada nesta quinta-feira (8), mais oito presos na Operação Mantus, da Polícia Civil conseguiram liberdade com medidas cautelares. Eles aproveitaram que o pleno concedeu liberdade na quarta-feira (7) ao genro do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, o empresário Giovanni Zem Rodrigues, e pediram a extensão no processo. 

Os investigados são; João Henrique Sales de Souza, Laender dos Santos Andrade, Rosalvo Ramos de Oliveira, Edson Nobuo Yabumoto e Eduardo Coutinho Gomes. Agnaldo Gomes de Azevedo, Noroel Braz da Costa Filho, Mariano Oliveira da Silva. Todos eles são suspeitos de trabalharem nas organizações criminosas 'Jogo do Bicho' que era lidera pelo ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro e a outra organização é a  Ello/FMC, líderada pelo empresário Frederico Muller Coutinho.

A operação “Mantus”,

As investigações apontaram que organizações criminosas envolvidas com lavagem de dinheiro e com a contravenção penal denominada “Jogo do Bicho”. A outra organização era liderada por Frederico Muller Coutinho.

Foram cumpridas 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.

As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho no Estado de Mato Grosso, e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões.

João Arcanjo, conhecido como “Comendador”, é acusado de liderar o crime organizado em Mato Grosso, nas décadas de 80 e 90, sendo o maior “bicheiro” do Estado, além de estar envolvido com a sonegação de milhares de Reais em impostos, entre outros crimes.

O empresário Frederico Müller Coutinho é um dos delatores da Operação Sodoma, que investigou fraudes que resultaram na prisão do ex-governador Silval Barbosa. Müller trocava cheques no esquema e chegou a passar dinheiro para o então braço direito do ex-governador. Os cheques teriam sido emitidos como parte de um suposto acordo de pagamento de propina ao grupo político do ex-governador.

Durante as investigações, foi identificada uma acirrada disputa de espaço pelas organizações, havendo situações de extorsão mediante sequestro praticada com o objetivo de manter o controle da jogatina em algumas cidades.

Os investigadores também identificaram remessas de valores para o exterior, com o recolhimento de impostos para não levantar suspeitas das autoridades. Foram decretados os bloqueios de contas e investimentos em nome dos investigados, bem como houve o sequestro de ao menos três prédios vinculados aos crimes investigados.

Os suspeitos vão responder pelo crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro, contravenção penal do jogo do bicho e extorsão mediante sequestro, cujas penas somadas ultrapassam 30 anos.





 
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