A instituição destacou que ainda confia no Poder Judiciário. "Reiteramos nossa confiança no Poder Judiciário como instituição e, até prova em contrário, acreditamos também na juridicidade e licitude dos atos de seus membros no exercício da Jurisdição, por isso e absolutamente indigna de crédito e merece total repúdio a insinuação de que, na surdina, à margem da ética e do devido processo legal, estaria sendo articulada, uma ilegal, arbitraria, desarrazoada, injusta e imoral prisão em massa de Promotores de Justiça no Estado de Mato Grosso", diz a nota.
A afirmação do presidente da Amam foi feita em mensagem de aúdio enviada por celular a um magistrado de Brasília, à qual Abreu comenta críticas que a senadora Juíza Selma (PSL) fez às investigações sobre o Gaeco estadual. Após chamar a fala da parlamentar de "antiética", Abreu diz que uma "organização criminosa" se instalou no órgão do Ministério Público, no esquema que ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira.
Abreu se refere a uma investigação que apontou suspeitas de que procuradores federais do Gaeco realizaram escutas ilegais para investigar diversas autoridades, jornalistas e até mesmo amantes.
Nota da Associação Mato-Grossense do Ministério Público (AMMP)
A Associação Mato-Grossense do Ministério Público (AMMP), em razão das recentes matérias divulgadas nos órgãos de imprensa nacional e de Mato Grosso, de suposto áudio atribuído ao Juiz Tiago Abreu, Presidente da AMAM, onde imputa o envolvimento de Promotores e Procuradores de Justiça no esquema de interceptações irregulares de telefones; acusa o GAECO de compor uma organização criminosa; e conjectura a prisão em massa de Membros do Ministério Público de Mato Grosso, cumpre repudiar com veemência o conteúdo das falas divulgadas e esclarecer a sociedade para os seguintes fatos:
1 - Se verdadeiras, as afirmações atribuídas ao Juiz Tiago Abreu, Presidente da AMAM, expõe não só uma leviana e superficial apreciação dos fatos como também um inaceitável ultraje a todos os Membros do Ministério Público de Mato Grosso, além eventual prática de condutas típicas de difamação e calúnia.
2- Reiteramos nossa confiança no Poder Judiciário como instituição e, até prova em contrário, acreditamos também na juridicidade e licitude dos atos de seus membros no exercício da Jurisdição, por isso e absolutamente indigna de crédito e merece total repúdio a insinuação de que, na surdina, à margem da ética e do devido processo legal, estaria sendo articulada, uma ilegal, arbitraria, desarrazoada, injusta e imoral prisão em massa de Promotores de Justiça no Estado de Mato Grosso.
3 - Reafirmamos nossa confiança e reconhecimento no trabalho realizado pelo Gaeco na obtenção de provas, de forma legal e eficiente, em diversas investigações e operações complexas empreendidas contra redes de organizações criminosas que surrupiaram milhões dos cofres públicos.
O Gaeco sempre combateu as organizações criminosas sendo absolutamente descabida e infundada a afirmação de que o grupo seria parte integrante de uma delas.
4 - Os valores que inspiram o Ministério Publico compreendem o Direito como origem do ideal civilizatório. A causa que move seus integrantes e? a defesa do regime democrático, da ordem jurídica e dos interesses superiores da sociedade, não se admitindo interna e externamente transgressão a esses preceitos.
5 - A AMMP apoia a apuração rigorosa e integral de todos os fatos citados nesse triste episódio denominado popularmente como Grampolândia, reafirmando, até efetiva comprovação de qualquer conduta ilícita, sua plena confiança na lisura da conduta dos Promotores e Procuradores de Justiça que integraram o Ministério Público do Estado de Mato Grosso.
Direção da AMMP Gestão Atitude e Participação