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Notícias / Polícia

12/08/2019 às 15:23

Acidente que matou 2 e feriu um em frente à Valley completa 8 meses sem conclusão de inquérito

Mesmo com todo inquérito concluído, conforme o delegado, o Ministério Público Estadual (MPE) poderá devolver o caso para que seja ampliada a investigação.

Fernanda Leite

Acidente que matou 2 e feriu um em frente à Valley completa 8 meses sem conclusão de inquérito

Foto: Reprodução internet

O acidente que matou dois e feriu uma pessoa em frente à boate Valley Pub, na Avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá, no dia 23 de dezembro do ano passado, irá completar 8 meses sem  a conclusão do inquérito policial.

“Infelizmente, investigações de crime são como relacionados conjugais. Sabemos quando vai começar, mas quando vai terminar depende de uma série de variáveis”, explicou o titular da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), delegado Christian Cabral.

A  bióloga Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, de 33 anos, foi quem atropelou os jovens Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos, Hya Giroto Santos, de 21 anos, e o cantor sertanejo Ramon Alcides Viveiros, 25. Eles saíam da boate. A única que sobrevivente foi Hya.

Em junho, o delegado Christian Cabral solicitou uma nova perícia para identificar o veículo que parou na faixa central para evitar atropelar Hya, segundos antes do acidente.

Ele explica que só poderá terminar a investigação quando todas as circunstâncias do crime estiverem esclarecidas. “São vários fatores. Algumas diligências dependem de encontrar pessoas para serem ouvidas, outras pendem de laudos periciais, outras dependem de providências e passar pelo crivo judicial, medidas cautelares. Neste caso, específico da Valley, estou esperando a conclusão de laudo pericial. E com resultado deste laudo, dependendo do que vier, eu posso finalizar de pronto a investigação como posso ouvir pessoas, fazer reconstituições ou fazer qualquer tipo de produção de provas necessárias para que todas as circunstâncias tratadas na investigação sejam esclarecidas e o caso encaminhado à justiça”, conta.

Mesmo com todo inquérito concluído, conforme o delegado, o Ministério Público Estadual (MPE) poderá devolver o caso para que seja ampliada a investigação.

“E ainda assim, se eu achar no meu entender, que está tudo esclarecido encaminho à justiça e o MPE que é o titular da ação penal achar que há necessidade de fazer outras diligências e me devolver para continuar. Não há como saber, não tem uma fórmula matemática de quando vai e como vai terminar uma investigação. A gente trabalha para concluir da forma mais rápida possível, mas não podemos produzir material que não vá de sustentabilidade a uma boa denúncia e boa instrução criminal que vá possibilitar a condenação da pessoa acusada”, comentou.

Laudos conclusos

Um segundo laudo do acidente com base em vídeos das câmeras de segurança da avenida foi concluído pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e apontou que o veículo da condutora Rafaela Screnci trafegava a 57 km/h, velocidade superior a máxima permitida, mas inferior a 60 km/hora, com margem de erro de 6 km/h para mais ou menos.
 
Em fevereiro, o delegado divulgou um laudo baseado na perícia feita no local do acidente, que apontou que o veículo estava a 54 km/h, com margem de erro de 4 km/h para mais ou para menos, no momento em que bateu nas vítimas.
 
A única sobrevivente teve seu comportamento analisado, já que ela aparece nas imagens dançando na avenida, fazendo com que todos atravessassem muito devagar.
 
Também na identificação dos três veículos que estavam obstruindo as faixas de circulação exclusivas de ônibus, da direita e da esquerda (dificultando eventuais reações da condutora do veículo), e ainda questão da efetiva velocidade do veículo da condutora, Rafaela.

O acidente

O acidente, que deixou um morto no local e dois gravemente feridos encaminhados ao hospital, ocorreu por volta das 5h50, do domingo, 23 de dezembro passado, em frente à boate Valley na Avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá.

A condutora do veículo Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, 33 anos, na ocasião, foi presa em flagrante e autuada no plantão da Polícia Civil nos crimes de homicídio culposo na direção de veículo e lesão corporal culposa na direção de veículo. Ela foi conduzida para audiência de custódia, onde foram adotadas medidas cautelares e aplicada fiança pelo juiz. A motorista pagou o valor da fiança e foi posta em liberdade no dia seguinte, 24 de dezembro.

O acidente vitimou no momento da colisão a universitária Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos, deixou gravemente feridos Ramon Alcides Viveiros, 25 anos (que morreu após ficar 5 dias internado) e Hya Giroto Santos, 21 anos, a única sobrevivente do atropelamento.

A condutora da caminhonete trafegava sentido bairro/centro pela faixa de rolamento da esquerda, quando, nas proximidades da boate Valley Pub, atropelou os pedestres Hya Girotto Santos, Ramon Alcides Viveiros e Myllena de Lacerda Inocêncio, ocasionando lesões corporais graves em ambas as vítimas, que foram socorridos pela equipe médica do Samu e encaminhados ao PSM de Cuiabá.

O acidente gerou ainda danos materiais em outro veículo que estava estacionado, um Gol (NPK7309).


 
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