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19/08/2019 às 11:41

Delegado avalia possibilidade de haver mais fases da operação Fake Delivery - veja vídeo

A possibilidade seria em razão do valor arrecadado para a aquisição de materiais escolares que seriam destinados a povos indíginas

Luana Valentim

Delegado avalia possibilidade de haver mais fases da operação Fake Delivery - veja vídeo

Foto: Assessoria

O delegado titular da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários, Luiz Henrique Damasceno, avaliou durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (19), que a Operação Fake Delivery – deflagrada nesta manhã – que há possibilidade de haver mais fases em razão do valor arrecadado.

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Luiz disse que foi apurado o valor de R$ 2 milhões em materiais escolares que seriam destinados aos povos indígenas e quilombolas. Desse valor, apenas R$ 850 mil foram entregues.

“Ocorre que 28 notas foram atestadas pelo senhor Francisvaldo na Secretaria somando R$ 1,134 milhão, mas esse material não foi levado ao estoque da Seduc. Isso tudo com prova documental e testemunhal”, informou.

O delegado relatou que a gerente do estoque da Secretaria de Estado de Educação apresentou toda a documentação onde aponta que esse material não foi entregue lá. Os policiais então foram buscar outras informações que demonstravam que o ex-secretário adjunto de Administração Sistêmica Pereira de Assunção da pasta, Francisvaldo Pereira de Assunção, recebeu 28 notas que impediras as populações indígenas de terem acesso a materiais que viabilizariam a educação.

Luiz explicou que a deputada federal, Rosa Neide (PT), era a secretária da Seduc na época e é citada por algumas testemunhas como a responsável pela aquisição dos materiais.

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“Ainda é cedo para dizer que ela tem algum envolvimento, mas há contradições onde ela diz que todo o material adquirido estaria estocado no departamento, o que não foi. O coordenador, que é um índio, não foi consultado à época, para saber se era necessária essa quantidade de material e como seria distribuído”, frisou.

O delegado informou que dos R$ 850 mil em materiais entregues teve boa parte vencida por ausência de logística para entregar. Então, a aquisição foi de última hora feita às pressas no final do governo Silval Barbosa, durante a transição.

Ainda disse que do montante total, boa parte do material não foi estocado onde deveria e até hoje ninguém sabe onde foi parar.
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