Luiz disse que foi apurado o valor de R$ 2 milhões em materiais escolares que seriam destinados aos povos indígenas e quilombolas. Desse valor, apenas R$ 850 mil foram entregues.
“Ocorre que 28 notas foram atestadas pelo senhor Francisvaldo na Secretaria somando R$ 1,134 milhão, mas esse material não foi levado ao estoque da Seduc. Isso tudo com prova documental e testemunhal”, informou.
O delegado relatou que a gerente do estoque da Secretaria de Estado de Educação apresentou toda a documentação onde aponta que esse material não foi entregue lá. Os policiais então foram buscar outras informações que demonstravam que o ex-secretário adjunto de Administração Sistêmica Pereira de Assunção da pasta, Francisvaldo Pereira de Assunção, recebeu 28 notas que impediras as populações indígenas de terem acesso a materiais que viabilizariam a educação.
Luiz explicou que a deputada federal, Rosa Neide (PT), era a secretária da Seduc na época e é citada por algumas testemunhas como a responsável pela aquisição dos materiais.
Saiba Mais: Rosa Neide diz estar à disposição da polícia para prestar esclarecimentos
“Ainda é cedo para dizer que ela tem algum envolvimento, mas há contradições onde ela diz que todo o material adquirido estaria estocado no departamento, o que não foi. O coordenador, que é um índio, não foi consultado à época, para saber se era necessária essa quantidade de material e como seria distribuído”, frisou.
O delegado informou que dos R$ 850 mil em materiais entregues teve boa parte vencida por ausência de logística para entregar. Então, a aquisição foi de última hora feita às pressas no final do governo Silval Barbosa, durante a transição.
Ainda disse que do montante total, boa parte do material não foi estocado onde deveria e até hoje ninguém sabe onde foi parar.