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Notícias / Política

27/08/2019 às 09:30

Mendes diz que ficou em pânico com declarações de presidente francês

O governador disse que ficou com medo de o episódio forçar o retorno dos embargos internacionais que, no passado, frearam o agronegócio

Luana Valentim

Mendes diz que ficou em pânico com declarações de presidente francês

Foto: Reprodução da internet

O governador Mauro Mendes (DEM), em entrevista à Folha de São Paulo publicada nesta terça-feira (27), afirmou que ficou em pânico ao ver o presidente da França, Emmanuel Macron, dizer que os incêndios na Floresta Amazônica geraram crise internacional.
 
Mendes disse que ficou com medo de o episódio forçar o retorno dos embargos internacionais que, no passado, frearam o agronegócio. Considerando que Mato Grosso é um dos maiores exportadores de gado e soja do mundo e depende da sua imagem para fazer as negociações.
 
Segundo o democrata, o bate-boca entre Macron e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL) só piorou a situação. Mas ele ressaltou que vê a intenção de Macron de surfar nas cinzas da Amazônia para obter vantagem, querendo criar um clima ruim para o Brasil e defender os produtores franceses.
 
O governador disse que é preciso reconhecer que a França e os produtores rurais franceses são grandes competidores do Brasil no agronegócio nos mercados europeus.
 
O pior de toda essa situação, é que Mato Grosso é recordista em número de focos de incêndio somente neste ano, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
 
O Instituto apontou que, de janeiro a 25 de agosto, o Estado somava 15.252 pontos de incêndio, tendo um crescimento de 95% em relação ao mesmo período do ano passado.
 
“O estado de Mato Grosso tem muita pastagem e o cerrado. Nessas áreas, ao longo de muitos anos, houve uma cultura de que queimar era bom para controlar pragas. Mas os novos tempos mostram que isso está mudando”, explicou.
 
Mendes frisou que não é por falta de fiscalização, mas acredita que ela pode ser melhorada, principalmente, quando é detectado um desmatamento nas áreas de difícil acesso, que pode levar de dois a três dias para chegar ao local se não utilizar de aviões. Por isso é preciso recursos.
 
Questionado se acredita que Bolsonaro demorou a agir, Mendes pontuou que não acha bom, em um momento tão delicado como esse, ficar analisando a coerência ou não do presidente. Pois, como governador, vê que está sendo feita a lição de casa em Mato Grosso para garantir a sua legalidade e para fazê-lo a região que mais produz alimento e respeita o meio-ambiente.
 
O democrata desmentiu que Mato Grosso seja o estado que mais desmata a Amazônia, ressaltando que, de 2018 a 2019, conseguiu diminui em 17% o seu percentual de desmatamento, sendo o único estado que fez isso.
 
“Talvez por sermos o maior estado brasileiro na produção de proteína animal e vegetal, nós sejamos alvo de crítica”, avaliou.
 
 
 
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