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Notícias / Judiciário

27/08/2019 às 11:05

Policial acusado de matar detento é absolvido pelo Tribunal do Júri

O caso aconteceu em 2006, quando o policial teria matado um detento durante rebelião no Carumbé

Maisa Martinelli

Policial acusado de matar detento é absolvido pelo Tribunal do Júri

Foto: TJMT

O ex-policial militar, Antônio Bruno Ribeiro, acusado de matar um presidiário durante fuga em massa, foi absolvido pelo Tribunal de Júri de Cuiabá, nesta última sexta-feira (23).  O júri foi presidido pela juíza Mônica Catarina Perri, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá.

O caso, que ficou conhecido como o 'Caso Cláudio', aconteceu em 2006, quando Ribeiro foi acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de assassinar um detento durante rebelião no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), antigo presídio do Carumbé, quando 50 presos fugiram.

No fim da confusão, a polícia contabilizava 45 detentos, incluindo o nome de Claúdio Gonçalves Andrade. No entanto, imagens de uma emissora de televisão mostrava que Cláudio havia sido capturado e mandado de volta ao presídio, sem apresentar ferimentos.

A versão oficial dada por policiais é de que Cláudio havia sido ferido na troca de tiros entre polícia e detento, sendo levado ao Pronto-Socorro de Cuiabá. Durante o caminho, teria destrancado a porta do veículo e fugido.

Todavia, a perícia técnica discordou dessa versão, já que foi observado que a porta estava em perfeito estado e as imagens divulgadas na televisão mostravam a condução e prisão da vítima sem nenhuma ferida, não havendo, assim, motivo para leva-lo ao hospital.

Em janeiro do ano seguinte, foram encontrados dois corpos em uma estrada de Barão de Melgaço, sendo enterrados como indigentes no Cemitério Público Municipal Campo Santo, no Parque Cuiabá.

Após pedido, foi realizada exumação do corpo, e o exame ‘post-mortem’ revelou que o cadáver se tratava de Cláudio e que ele havia sido executado por policiais militares, entre eles Antônio. De acordo com o MPE, o policial agiu sob determinação do comandante Leovaldo Emanoel Sales da Silva.
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