O governador Mauro Mendes (DEM) prometeu adotar política de tolerância zero com o desmatamento ilegal em Mato Grosso. Até o momento já se soma cerca de R$ 60 milhões de multa por crime ambiental e em três dias de operação no combate às queimadas seis pessoas foram conduzidas coercitivamente às delegacias.
Mendes anúnciou que irá prorrogar o período proibitivo de queimadas que se encerraria em 15 de setembro até o dia 30 de novembro deste ano. Também serão suspensas até a mesma data toda e qualquer autorização para desmatamento no Estado.
O decreto com as medidas deve ser publicado em uma edição extra do Diário Oficial ainda hoje.
“Quem duvidar vai pagar caro se apostar que seremos ineficientes ou não iremos aplicar o rigor da lei”, declarou durante entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira no Palácio Paiaguás. Durante o evento, foram apresentados dados sobre desmatamento e queimadas em Mato Grosso e apresentadas as ações que estão sendo tomadas pelo governo para amenizar a situação.
As áreas mais críticas são nas terras indígenas, nas quais as equipes do governo ficam impedidas de atuar, as vezes barradas pelos próprio indígenas, e na região Noroeste. Para solucionar o problema, mesmo já com a determinação do presidente Jair Bolsonaro para que as Forças Armadas atuem no combate aos incêndios, o governador encaminhou novo ofício ao Ministério da Defesa.
Mendes explicou que até o momento o Exército tem atuado de maneira estratégica e já integrou o comitê montado com as forças do estado, porém, ainda não enviou de maneira efetivas agentes para atuar no combate aos focos de incêndio.
A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, complementou que a atuação do Estado no combate aos crimes ambientais tem sido efetiva e deve melhorar ainda mais com as novas ações anunciadas.
“É importante ressaltar que o estado de Mato Grosso tem a melhor resposta a todos os eventos, tanto que os nossos números mostram isso. Inclusive, o Estado de Mato Grosso acabou sendo um dos últimos a receber o reforço federal exatamente porque o ministro [Ricardo Salles, do Meio Ambiente] veio e percebeu que estávamos dando respostas a estes incidentes”, concluiu.