A situação ‘caótica’ nas finanças de Mato Grosso não é novidade para ninguém, no entanto, parece que o governo ganhará um fôlego. A expectativa é que o Estado receba alguns repasses do governo Federal atrasados e ainda dará fim à dívida dolarizada com o Bank of America. Com o empréstimo aprovado na ordem de U$ 250 milhões com o Banco Mundial, a preocupação agora está voltada aos repasses que serão feitos. Segundo o senador Jayme Campos (DEM), a previsão é que o Estado receba algo em torno de R$ 1,7 bilhão, ainda este ano.
Jayme avaliou, nessa quinta-feira (5), que foi uma difícil missão, mas conseguiu junto com os demais senadores que o texto encaminhado pelo Governo de Mato Grosso fosse lido em Plenário na terça-feira (3), e aprovar no dia seguinte, liberando o empréstimo de U$ 250 milhões com o Banco Mundial para quitar a dívida com o Bank of America.
Após a aprovação, Jayme disse que ficou no Congresso para encaminhar o texto para que já fosse publicado no Diário Oficial de quinta e o contrato ser assinado nesta sexta-feira (6).
“Caso o empréstimo não fosse aprovado, na segunda-feira o governo teria que desembolsar para o Bank of America algo em torno de R$ 150 milhões, ou seja, ele paga duas prestações no ano seria então R$ 300 milhões, pois se não me falha a memória ele não pagou a do mês de maio”, frisou.
O democrata destacou que agora o governador Mauro Mendes (DEM) tem um folego nas finanças do Estado, com parcelas em 20 anos e antes pagava R$ 300 milhões, agora será algo em torno de R$ 26 milhões durante o ano.
Jayme acredita que com a vinda do Auxílio Financeiro de Fomento as Exportações (FEX) no valor de cerca de R$ 700 milhões. Há ainda a porcentagem que Mato Grosso passará a receber – caso seja aprovado – dos leilões do Pré-Sal, estimado em R$ 210 milhões. Outro fato que irá estimular a melhora da receita é a nova lei dos incentivos fiscais aprovada pela Assembleia Legislativa, a qual permitirá um incremento de R$ 800 milhões aos cofres do Estado.
“A conta que eu faço é que o Mauro terá, mais ou menos, de dinheiro novo no caixa algo em torno de R$ 1,7 bilhão. Isso poderá trazer um equilíbrio necessário das finanças de Mato Grosso e permitir a retomada de seus investimentos com receitas próprias, podendo logo dar o tão esperado RGA aos servidores”, explicou.
O senador negou que Mato Grosso venha a receber um ‘calote’ da União referente ao FEX do ano passado conforme o secretário da Casa Civil Mauro Carvalho havia afirmado ao Leiagora. Destacando que o cálculo é de R$ 500 milhões de 2018 mais R$ 500 milhões de 2019, totalizando R$ 1 bilhão, menos 25% que deve ser repassado aos municípios, sobra R$ 750 milhões.
