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19/09/2019 às 08:31

'Mendes foi o prefeito que mais endividou Cuiabá, agora faz o mesmo em MT'

O deputado destacou que Mato Grosso tem uma economia que assemelha ao Brasil de 500 anos atrás

Luana Valentim

'Mendes foi o prefeito que mais endividou Cuiabá, agora faz o mesmo em MT'

Foto: Divulgação

O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) avaliou nessa quarta-feira (18), durante a sessão ordinária, que o governador Mauro Mendes (DEM) não está tendo pulso para administrar o estado que tem tudo para ser industrializado e podendo alavancar a sua economia. Ainda ressaltou que o democrata foi o prefeito que mais endividou Cuiabá e agora está fazendo o mesmo no Estado.

Wilson destacou que Mato Grosso tem uma economia que assemelha ao Brasil de 500 anos atrás, sendo conservador onde o Estado que é campeão em uma série de produtos primários, não consegue impactar em 2% o PIB nacional.

“Nós somos o maior produtor de soja, de algodão, de milho, de carne in natura, entre outros, porém, são produtos baratos. Até quando vamos insistir nesse modelo de desenvolvimento, Mato Grosso só tem 1,6% do PIB nacional, temos irmãos aqui completamente miseráveis passando fome”, frisou.

O tucano ressaltou que em Mato Grosso há quase 200 mil pessoas desempregadas. "Além de uma produção que chega a R$ 48 bilhões/ano, algumas commodities pagam entre 1 a 2%, na verdade, quem paga é o consumidor quando adquire o produto".

Wilson ainda afirmou que o estado é baseado em latifúndios, uma mão de obra que substitui o trabalhador por máquinas. Além disso, tem produção de produtos baratos com uma total dependência do mercado externo.

“Dependemos do crivo do 1º ministro chinês, do bom humor da União Europeia, dos Estados Unidos e demais países. O modelo de desenvolvimento de Mato Grosso se assemelha ao Brasil colônia de 500 anos atrás baseado no latifúndio, mão escrava agora substituído por maquinário, produtos baratos e sempre visando o mercado externo”, disparou.

O deputado pontuou que a tese de alguns economistas é de que o PIB do Brasil e dos Estado Unidos andaram muito próximos nos séculos XVII e XVIII, onde os americanos abriram e foram embora porque resolveram criar um mercado interno, consolidando uma massa consumidora interna e assim, dotar as diversas regiões de toda a logística e infraestrutura necessária.

Enquanto isso, o Brasil ficou voltado para exportações de produtos baratos, afirmando que Mato Grosso precisa de um governador que ouse industrializar o Estado que possui hoje todos os elementos necessários para isso.

O parlamentar destacou que o primeiro elemento é a matéria-prima onde Mato Grosso hoje produz de forma farta, seja na cadeia da soja, do algodão, da madeira, carne e milho. O segundo é a energia, lembrando que o governo Dante de Oliveira (já falecido) transformou o Estado de importador a exportador de energia elétrica.

“Temos energia elétrica farta que atende ao consumo interno estadual e é colocada no circuito internacional para ajudar a atender em nível nacional”, relatou.

O terceiro elemento destacado por Wilson é a mão de obra onde há quase 200 mil mato-grossenses não sabendo o que fazer quando acordam por estarem desempregados, avaliando que alguns pensam em tirar a própria vida, partem para os crimes ou entram para o narcotráfico. Analisando que há entidades e instituições suficientes para capacita-los.

Já o quarto elemento seria as linhas de financiamento para os industriais, ressaltando o fato de Mato Grosso estar no Centro-Oeste, há a linha do FCO que são bilhões de reais todos os anos a disposição do setor produtivo a juros muito abaixo do mercado, além de recursos da Sudan por Mato Grosso estar na Amazônia em 2/3 territoriais e em nível nacional, há o BNDES.

“Até quando vamos ficar aqui semeando para encontrarmos um território fértil e iniciarmos de maneira pujante e definitiva a industrialização de Mato Grosso. Ainda temos um governador que veio do ramo industrial, da metalurgia. O que está faltando?”, questionou.

O tucano pontuou que já estamos adentrando no último trimestre do ano e daqui 3 meses o governo terá completado 25% do seu mandato. Acreditando que o governador Mauro Mendes (DEM) precisa apresentar a esse Estado, com clareza, um novo plano de desenvolvimento econômico social, cultural.

Porém, relata ele, Mendes continua no ‘mimimi’ aumentando cargos comissionados, não faz o dever de casa, não consegue diminuir gastos se tornando refém. Para ele, o democrata só tem aumentado o estoque de dívidas ao fazer uma ‘péssima’ negociação com Bird no valor de U$ 250 milhões para quitar a dívida com o Bank of America.

“É boa para Mendes, mas ruim para o Estado. A dividia deveria ser quitada em setembro de 2022, mas o governador desrespeitou a própria Lei de Responsabilidade Fiscal onde não se pode deixar dividas para o próximo governador, e prolonga dívida para próximo ano”, disse.

Wilson destacou que Mendes foi o prefeito que mais endividou Cuiabá e agora aumenta o estoque da dívida de Mato Grosso em R$ 500 milhões que será paga por seus sucessores.
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