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Notícias / Polícia

19/09/2019 às 15:33

Familiares de presos da PCE manifestam por respeito e transparência

O grupo se organizou depois que vídeos circularam nas redes sociais, mostrando presidiários agredidos na unidade prisional.

Luzia Araújo

Familiares dos presos da Penitenciária Central do Estado (PCE) manifestaram na tarde desta quinta-feira (19), em frente ao Tribunal de Justiça, em Cuiabá, depois que vídeos circularam nas redes sociais, mostrando presidiários agredidos na unidade prisional. 

Segundo dos organizadores do movimento cerca de 246 pessoas participaram da manifestação. O grupo reclama da falta de respeita e transparência nas ações realizadas na penitenciária.  Uma operação de limpeza e organização é realizada na PCE, desde o dia 12 de agosto. 

A mãe de um presidiário, que não quis se identificar, disse que do Governo do Estado não passa informações de forma transparente, desrespeita os familiares e que estaria comprando a imprensa. 

“Chegaram a falar que recolheram 200 celulares, chips e produtos ilícitos depois que retornou a visita e que foram levados por familiares. Eles são tão primários e estão brincando conosco. Como entraríamos com tudo isso, se passamos por uma scanner corporal, que detecta do fio de cabelo até os dedos dos pês”. 

A manifestante denunciou o valor abusivo dos produtos comercializados no mercado dos agentes que fica dentro da unidade. “Eles estão sendo maltratados lá dentro. Na última visita, senhoras de idade desmaiaram, porque recolheram os nossos entes para os raios e eles começaram a gritar pedindo socorro. Que mãe aguenta ver isso”. 

A mulher disse ainda que os agentes do Grupo de Intervenção Rápida (Gir) são torturadores e pede que a operação seja suspensa. 

“Queremos verdade e justiça, por isso procuramos o deputado federal Leonardo Albuquerque, que mandou um oficio para os órgãos pedindo explicações, porque toda vez que o Ministério Público, Defensoria e o Conselho vai lá para apurar as agressões, os nossos entes não tem coragem de falar, porque são ameaçados. Estão brincando com vidas. A partir do momento que o cidadão entrada no sistema prisional a integridade física, psicológica e moral é por conta do Estado. Queremos justiça e que suspendam essa operação de horrores”. 

Já a esposa de outro presidiário reclamou da falta de climatizadores nas celas. “Quando começou a intervenção foi prometido que seria retirado os ventiladores para colocação de climatizadores . Nada disso aconteceu. Na visita passamos calor extremo. Vimos os nossos familiares massacrados e com manchas roxas. Cobramos os Direitos Humanos também. Colocar 70 homens dentro de uma cela, por causa de uma reforma chula. Foi prometido o mutirão carcerário e nada aconteceu”.

Em nota a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) esclareceu que todas as ações realizadas dentro da Operação de Limpeza e Reorganização deflagrada em agosto na Penitenciária Central do Estado (PCE)  são pautadas em critérios técnicos e operacionais, embasados em legislações. Confira a nota comleta: 

A Secretaria de Estado de Segurança Pública esclarece que todas as ações realizadas dentro da Operação de Limpeza e Reorganização deflagrada em agosto na Penitenciária Central do Estado são pautadas em critérios técnicos e operacionais, embasados em legislações. A secretaria reitera ainda os reflexos positivos internos e externos, entre eles a redução de índices criminais como homicídios, roubos e furtos, obtidos nos primeiros 30 dias de atividades na maior unidade prisional do estado.

A secretaria iniciou nesta semana a segunda fase da operação, que visa ao aprimoramento de procedimentos internos e mudanças como dias de visitas, volume de alimentos levado por visitantes e circulação de dinheiro, além é claro, das melhorias que estão sendo finalizadas, todas de acordo o que está previsto em lei.

A reorganização e reforma das celas permitiu um ambiente mais limpo e salubre e, ainda, a ampliação de mais 137 leitos na carceragem. A retirada das ligações internas de energia das celas foi realizada visando a segurança e ventiladores foram instalados nos corredores dos raios. 

Não procede a afirmação de que os presos estejam sofrendo agressões por parte de agentes penitenciários. As ocorrências recentes de agressões foram cometidas entre um grupo de presos e apenas um deles fez registro da ocorrência.

A direção da penitenciária está finalizando nesta semana a instalação de bebedouros que irão abastecer os raios da carceragem, com água filtrada e gelada. 

Todas as atividades da operação na PCE têm acompanhamento de órgãos de controle externo como OAB-MT, Ministério Público, Defensoria Pública e Poder Judiciário, por meio do GMF e do Núcleo de Execução Penal de Cuiabá. 
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