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Notícias / Política

22/09/2019 às 12:00

Campos descarta perseguição e diz que cassação de Selma iniciou antes das eleições

O ex-governador pontuou que a falta de experiencia politica da senadora culminaram no processo de cassação

Luana Valentim

Campos descarta perseguição e diz que cassação de Selma iniciou antes das eleições

Foto: Divulgação

O ex-governador Júlio Campos, um dos caciques do Democratas, afirmou nesta sexta-feira (20) não acreditar que a cassação da senadora Selma Arruda (Podemos) tenha envolvimento com a sua assinatura para a abertura da CPI da Lava Toga ou pela exigência de passar o Brasil a limpo. Mas sim fruto dos erros da e da própria gestão dela.

Por unanimidade, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) votou pela cassação da senadora que recorreu junto ao Tribunal Superior Eleitoral. A Procuradoria-Geral da República deu, recentemente, um parecer favorável à sua cassação e sugeriu que se faça novas eleições. Agora, falta a decisão do pleno do TSE para saber quais serão os novos caminhos a serem seguidos.

“Lamentavelmente, acho que por ser juíza e não ter nenhuma vinculação política partidária, nem experiência de uma campanha eleitoral, ela cometeu erros gravíssimos”, destacou em entrevista à Rádio Capital FM.

O democrata pontuou que se fosse melhor assessorada, a senadora não teria cometido esses erros, afirmando que o processo de cassação dela começou antes da eleição quando o seu adversário à época, Sebastião Carlos (Rede), entrou com uma ação a denunciando por abuso de poder econômico e caixa 2 após o publicitário Junior Brasa cobrar uma dívida no valor de R$ 700 mil.

Para Júlio, a senadora nunca deveria ter feito uma demanda com Brasa que foi o principal causador desse processo haja vista que, até então, ninguém sabia desse problema. Mas no momento que ele levou a justiça a execução de dívida comercial, veio o processo que depois foi assumido com mais força pelo ex-vice-governador Carlos Favaro (PSD).

“Acho que a defesa dela junto ao TRE não foi tão bem preparada como deveria, não teve muita justificativa. Ela fez quase 700 mil votos e era uma força renovadora que teve comportamento excepcional como juíza, mas agora a sua situação é um pouco difícil perante o TSE já que foi unanimidade aqui”, frisou.

O ex-governador ressaltou que a procuradora-geral da República Raquel Dodge não esperou nem terminar o seu mandato para praticamente decretar um parecer favorável a cassação antes de sair.

Júlio esclareceu que o DEM não participou um minuto sequer da cassação da senadora, até pelo fato de seu irmão, o senador Jayme Campos, se dar muito bem com ela e a primeira vez que o governador Mauro Mendes precisou do apoio dela na aprovação do empréstimo externo, Selma ajudou a viabilizar a aprovação rápida dos U$ 250 milhões. ‘’Então não temos nada a ver com esse processo”.
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