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Notícias / Política

17/10/2019 às 14:36

Abílio diz que aumentar salário do prefeito é ‘falta de vergonha na cara’; Misael garante reajuste

Três sindicatos de servidores municipais, que têm seus vencimentos vinculados à remuneração do chefe do Executivo pediram o aumento do salário do prefeito

Luana Valentim

Abílio diz que aumentar salário do prefeito é ‘falta de vergonha na cara’; Misael garante reajuste

Foto: Divulgação

O vereador Abílio Brunini (PSC) usou da tribuna nesta quinta-feira (17), para criticar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e os sindicatos que desejam aumentar o salário em R$ 7 mil. Sendo assim, o salário do gestor municipal e de mais 400 servidores passaria de R$ 23 mil para R$ 30 mil.

Essa possibilidade de aumento está sendo discutida na Câmara Municipal, enquanto o máximo que a população consegue aumentar no salário mínimo é R$ 50, tanto que hoje grande parte dela recebe R$ 998.

“É coragem ou falta de vergonha na cara pedir para aumentar o salário do prefeito por falar que vai privilegiar servidor público? É falta de vergonha na cara querer salário superior a R$ 25 mil para servidor público. O governador no Estado de Mato Grosso ganha R$ 20 mil, do prefeito de Cuiabá já é R$ 25 mil”, disse.

O vereador ainda sugeriu a Casa que se deseja regularizar o teto salarial do prefeito que seja em R$ 25 mil que é a lei que está vigente. Analisando que ‘a falta de vergonha na cara’ não concede a Revisão Geral Anual aos agentes de saúde.

“Não estou preocupado se irei receber vaia de servidor público, mas com o agente de saúde que está pedindo a RGA de R$ 125 e o prefeito não dá, mas quer dar R$ 7 mil de reajuste para quem já ganha R$ 25 mil. É não ter vergonha nessa cara mesmo rapaz”, destacou.

Abílio ressaltou que os servidores da saúde estão passando fome, onde um enfermeiro tem o salário de R$ 2 mil enquanto há aqueles que recebem R$ 25 mil e ficam ‘chorando’ por aumento. Lembrou também que os servidores da Santa Casa estavam recebendo sacolão, pois estavam com os salários em atraso.

O parlamentar destacou que os manifestantes não demonstram preocupação com Cuiabá ao pedirem o reajuste salarial, pois caso assim estivesse, se preocupariam com o quanto ganha atualmente um médico ou professor de educação pública.

O presidente da Câmara, Misael Galvão (PSB), por sua vez, disse que a decisão de aumentar o Teto salarial da Prefeitura já foi tomada estando sendo finalizado o projeto de lei e que no máximo até a próxima terça-feira (22), será colocado em Plenário para ser votado.

“A Câmara não pode ficar omissa, existe aproximadamente 400 servidores que estão sendo prejudicados por falta dessa lei dos agentes públicos. Até porque não estamos aqui tratando do salário do prefeito, mas de uma lei para regulamentar. É dever e missão do Parlamento municipal, doa a quem doer”, pontuou.

Entenda

Três sindicatos de servidores municipais, que têm seus vencimentos vinculados à remuneração do chefe do Executivo pediram o aumento do salário do prefeito de Cuiabá que deve saltar de R$ 23,6 mil para 30,4 mil. A remuneração do prefeito é o que determina o máximo que cada um pode ganhar.

O pedido para aumento do salário do prefeito - e consequentemente para aumento do teto - foi feito pelo Sindicato dos Auditores e Inspetores de Tributos do Município de Cuiabá (Sinatif), Sindicato dos Agentes de Regulação e Fiscalização do Município de Cuiabá (Sisdasfimc) e pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Cuiabá (Sispumc).

Desde que a Emenda Constitucional 41/2003 entrou em vigor, ninguém, no âmbito municipal, pode ganhar mais que o prefeito, mesmo que o servidor já recebesse mais que o chefe do Executivo antes da norma. Nesse caso, a remuneração do funcionário deveria ter sido congelada, sem acréscimos, até sua absorção completa pelos aumentos sucessivos do teto.

 
 
 
 
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