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17/10/2019 às 17:31

'Não morri por sorte', diz Shanna ao sair da Delegacia de Homicídios

Shanna foi baleada após desembarcar do carro, um BMW blindado, em frente a um centro comercial no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste.

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'Não morri por sorte', diz Shanna ao sair da Delegacia de Homicídios

Foto: Rafael Nascimento de Souza

Depois de quatro horas e meia prestando depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, Shanna Garcia, filha do contraventor Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, deixou a especializada por volta das 15h57. Acompanhada da advogada Daniela Dias, Shanna foi ouvida pelo delegado Daniel Rosa, titular da DHC. O promotor Lúcio Pereira, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), também acompanhou o depoimento.

Na saída, a filha de Maninho disse que não morreu "por sorte" no atentado que sofreu no último dia 8:

— Foi bom, fui muito bem recebida, aquela matéria em que falei que desconfiava da DH, é porque tenho fatos, não generalizei, hoje eu fui muito bem recebida, me passaram muita confiança. Eu só espero agora que o poder público tome as atitudes que precisam tomar. A minha vida está em risco, eu não morri por sorte. Agora é esperar, eu vou me cuidar e ver o que o poder público vai fazer por mim. Ele (delegado) perguntou (sobre os outros crimes ocorridos na família) sobre meu irmão, do meu pai, meu ex-marido, tudo foi questionado, tirei algumas dúvidas e falei o que eu sei.

Shanna falou sobre a possibilidade de sair da cidade.

— Não sei, porque tem meus filhos no colégio, tem o meu marido. Tenho que me cuidar e ver sobre a minha segurança, eu não sei se as pessoas que fizeram isso são capazes de voltar para terminar o serviço.

'Quase toda a polícia do Rio é corrompida'

Em uma entrevista ao EXTRA, publicada na última segunda-feira, Shanna acusou a DH de ter policiais "vendidos".

— Tem exceções, claro, mas eu diria que quase toda a polícia do Rio é corrompida. Por isso, não resolve os casos. Um exemplo: no inquérito do meu irmão (Myro), morto em 2017, só fui prestar depoimento esse ano. Falei muita coisa e meu relato foi para dentro da gaveta. Não queria falar na DH novamente em vão. Vou chegar lá e falar várias coisas para um monte de gente que é vendida? Não confio — afirmou a filha de Maninho.

O delegado Daniel Rosa, titular da DH, falou que a especializada tem investigações em andamento sobre mortes ligadas à contravenção:

— Nós temos investigações em curso de homicídios consumados aqui no Rio de Janeiro, que possam estar ligados com essa guerra da contravenção, que alguns já foram solucionados, e outros se encontram em andamento. Todos amplamente investigados.

Nesta sexta-feira, deve ocorrer o depoimento de Bernardo Bello, ex-cunhado de Shanna e acusado por ela de ser o mandante do atentado.

O atentado

Shanna foi baleada após desembarcar do carro, um BMW blindado, em frente a um centro comercial no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste. Imagens da CET-RIO e das câmaras de segurança do empreendimento revelaram que a filha de Maninho foi seguida até o centro comercial por um carro branco que levava os criminosos.

Pelo menos três disparos foram feitos contra Shanna, mas a polícia não encontrou nenhuma das cápsulas deflagradas no local do crime. Mesmo ferida, ela conseguiu voltar para o seu BMW e se protegeu. Em entrevista ao EXTRA, após ter alta do hospital na última sexta-feira, Shanna diz que o responsável pelo crime é o seu ex-cunhado Bernardo Bello, mas não apresenta provas de sua acusação. Segundo ela, ele hoje controla os pontos do jogo do bicho e máquinas caça-níqueis herdados do seu pai.

A herança de Maninho, um patrimônio estimado por Shanna em R$ 25 milhões, está por trás da guerra que já matou quatro integrantes da família nos últimos anos. Os homicídios, jamais desvendados, a exemplo de vários outros ligados ao jogo do bicho no Rio, expõe uma “polícia corrompida”, diz Shanna, que afirma não confiar na Delegacia de Homicídios (DH) para tocar o seu caso, por ter “um monte de gente vendida”.

Informações do site Extra

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