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25/10/2019 às 16:00

Brasileiro acusado de pagar propina a membros do COI é preso nos EUA

Ele era considerado foragido da Justiça brasileira desde 2017.

Leiagora

Brasileiro acusado de pagar propina a membros do COI é preso nos EUA

Foto: Folha

O empresário Arthur Cesar de Menezes Soares Filho foi preso nesta sexta-feira (25) nos Estados Unidos. Ele era considerado foragido da Justiça brasileira desde 2017.

Rei Arthur, como é chamado, é réu em duas ações penais do esquema de Sérgio Cabral, apontado como pagador de propina para o ex-governador. Entre as acusações, está o pagamento de US$ 2 milhões a membros do COI (Comitê Olímpico Internacional) para a escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016.

Soares foi detido em Miami, cidade em que vivia com endereço certo e conhecido. Ele permaneceu por dois anos livre nos Estados Unidos sem que os procuradores brasileiros soubessem o motivo oficial dos norte-americanos não executarem sua prisão.

Havia a suspeita de que o empresário havia firmado algum acordo com as autoridades daquele país, mas sem qualquer confirmação oficial. Não se sabe o motivo da prisão realizada nesta sexta. Rei Arthur já constava na lista de procurados da Interpol há dois anos.

O advogado Nythalmar Dias Filho, que defende o empresário, disse que não se manifestaria sobre a prisão.

Em julho deste ano, Cabral depôs ao juiz Marcelo Bretas no processo em que é acusado de ter pago US$ 2 milhões (cerca de R$ 7,6 milhões na cotação atual) ao senegalês Lamine Diack, ex-presidente da federação internacional de atletismo, para influenciar na escolha da cidade como sede dos Jogos.

Quatro cidades eram candidatas na eleição de 2009 (além do Rio, Madri, Tóquio e Chicago). A vitoriosa seria escolhida por eliminação. A cada rodada de votação, a cidade menos marcada é retirada da disputa, iniciando nova votação.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, o pagamento foi feito pelo empresário Arthur Soares, dono de prestadoras de serviços do estado, ao filho do membro do COI Papa Masata Diack. O valor foi debitado da propina paga a Cabral, fatos confirmados pelo ex-governador.

Embora o pagamento tenha sido feito apenas ao senegalês, emails interceptados durante a investigação sugeriam que o dinheiro tinha outros beneficiários.
Direto do Rio de Janeiro, Ítalo Nogueira/Folhapress
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