O vereador de Cuiabá Abílio Brunini (PSC) foi notificado na manhã desta terça-feira (29), durante a sessão na Câmara Municipal, pelo presidente da Comissão de Ética Toninho de Souza (PSD) sobre o processo administrativo que poderá culminar na cassação do seu mandato.
Abílio é acusado de quebra de decoro parlamentar pelo seu suplente Oseas Machado. O parlamentar destacou que sua defesa será o ataque, afirmando que não fará negociata com ninguém.
“Nunca verão aqui no Plenário eu xingando alguém, não tem nenhuma gravação ou vídeo porque eu não xingo. E também não me verão partindo para violência física em lugar nenhum. Não parto para violência física, mas alguns colegas parlamentares sim. Alguns desses colegas já em ameaçaram de morte”, frisou.
O vereador disse que os seus colegas Juca do Guaraná (Avante) e Renivaldo Nascimento (PSDB) o ameaçou de morte. Porém, informou que não chegou a tomar nenhuma medida contra eles, apenas fez uma denúncia no Plenário, mas irá registrar um boletim de ocorrências caso houver necessidade.
Abílio ressaltou também que chegou a conversar com o secretário de Segurança Pública Alexandre Bustamante sobre essas ameaças e ele lhe assegurou que iria fazer o monitoramento.
“Vou pegar tudo o que me acusaram e juntar na peça contra outros vereadores e vou apresentar. Se esse é o critério de cassação de mandato, tudo bem, pode cassar o mandato do vereador Abílio, mas terá que cassar mais uns sete vereadores da Câmara Municipal e de repente a Câmara fica até melhor sem mim e os outros vereadores”, pontuou.
Para ele, a abertura desse processo é, na verdade, uma questão política pensando nas eleições municipais de 2020, querendo que ele perca tempo em sua defesa e fique longe das fiscalizações.
Analisando o processo administrativo, Abílio disse que não há motivos válidos para que seja pedida a cassação de seu mandato, mas acredita que politicamente a Câmara sempre encontrará motivos para tirá-lo do cargo.