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Notícias / Política

30/10/2019 às 12:11

CPI investiga aparelho de ressonância que 'sumiu' da Santa Casa

O administrador recente da Santa Casa, informou na última oitiva que o aparelho foi patrimoniado e não está na unidade

Luana Valentim

CPI investiga aparelho de ressonância que 'sumiu' da Santa Casa

Relator da CPI da Santa Casa

Foto: Giuseppe Feltrin/Leiagora

O vereador de Cuiabá Luís Claudio (PP), relator da CPI da Santa Casa, disse que está investigando o sumiço de um aparelho de ressonância magnética da unidade de saúde avaliado em R$ 2,5 milhões. O aparelho foi adquirido pela Prefeitura, mas nunca chegou a unidade de saúde.

Para isso, serão ouvidos quatro representantes das empresas Centro de Imagens do Centro Oeste (Ceico) e DDR imagens que estão envolvidos na compra do aparelho. A empresa que fez a venda é a Organike Gestão e Cursos de Brasíla, mas não foram localizados os seus representantes. A
 segunda e última oitiva será nesta quarta-feira (30), a partir das 14h, na Câmara Municipal. 

Luís Claudio pontuou que o capitão Daniel Pereira, administrador recente da Santa Casa, informou na última oitiva que o aparelho foi patrimoniado e não está na unidade. “Queremos saber para onde foi esse aparelho, se foi pago pela Santa Casa. Já descobrimos que a unidade opera com mais de 10 contas bancárias diferentes da sua conta oficial. Isso é muito grave”.

O vereador destacou que os fatos apontados pelo administrador da Santa Casa estão sendo apurados, esperando apresentar no final do mês o relatório final e encaminhar para os órgãos competentes para que se faça as investigações a fundo.

O aparelho de ressonância, conforme apurado pelo parlamentar, foi recebido pela instituição, mas atualmente ele não se encontra na unidade. E o fato de ter várias contas bancárias leva-o a questionar sobre as receitas e despesas da Santa Casa.

“Segundo o capitão Daniel, esse valor foi repassado pela prefeitura. Mas na oitiva os representantes vão dizer e vou querer a comprovação por meio de nota fiscal desse aparelho que foi patrimoniado pela Santa Casa”, frisou.

A preocupação de Luís Claudio é o fato de que a requisição administrativa do Estado na Santa Casa tem um prazo de três anos e se após essa data o governo desejar devolver a unidade a sociedade, a instituição será encontrada com uma dívida de R$ 120 milhões.

A CPI da Santa Casa foi criada em março deste ano com a anuência dos 25 vereadores. Além de Luis Claudio, também fazem parte do grupo os vereadores Marcos Veloso (PV), que responde pela presidência do grupo, e Toninho de Souza (PSD) como membro titular.

Na semana passada, quatro pessoas foram ouvidas. Trata-se de José Sabino do Centro de Oncologia e Radioterapia, Carlos Eduardo do Gastro Centro, Daniel Teixeira do Laboratório Carlos Chagas e o gestor financeiro e administrativo da Santa Casa, Daniel Pereira. 
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