O vereador de Cuiabá Luís Claudio (PP), relator da CPI da Santa Casa, destacou que diversas irregularidades foram encontradas durante as oitivas como o ‘sumiço’ de um aparelho de ressonância, contas ocultas, nepotismo, departamento de engenharia entre outras. Agora será feito um relatório final com todos os indícios para que os órgãos competentes tomem as devidas providências.
Na quarta-feira (30), foi realizada a segunda e última oitiva referente a CPI da Santa Casa. Na ocasião, foram ouvidos quatro representantes das empresas Centro de Imagens do Centro Oeste (Ceico) e DDR Imagens que participaram da compra do aparelho de ressonância magnética no valor de R$ 2,5 milhões que nunca chegou até a Santa Casa de Misericórdia.
“Para onde foi esse dinheiro? Por que a Santa Casa tinha 10 contas correntes e ninguém sabia delas? Por que um CNPJ precisa de tantas contas correntes? Por que tantas emendas parlamentares? Então algo aconteceu de errado nessa instituição e quando envolve dinheiro público em algo de errado, temos que apurar”, disparou.
Os representantes das empresas alegaram na oitiva que compraram sonhos que não se tornaram realidade. E, de acordo com o parlamentar, os mais antigos sobreviveram com a Santa Casa, se estabelecendo comercialmente com a unidade, funcionando por muitos anos assim até a gestão ‘catastrófica’ de Antônio Preza.
Luís Claudio disse que foi criado dentro da Santa Casa um departamento de engenharia, não vendo sentido para isso. “Nenhum hospital organizado em Cuiabá tem um departamento exclusivo de engenharia para promover obras dentro. Isso se faz com terceirizadas. Então tem muita denúncia nesse sentido de que há parlamentares federais e estaduais que tinham um cabide de emprego enorme na unidade”.
A justificativa dos representantes para não ter feito a denúncia antes é que diante do caos que foi instalado na unidade nos últimos dois anos, eles optaram por cancelar o contrato já que o aparelho adquirido não chegou a Santa Casa.
O vereador disse que para entrar na Santa Casa, a Ceico teve que pagar uma luva, ou seja, tirar a empresa que estava antes. O valor repassado é na ordem de R$ 130 mil. “O prejuízo dessa empresa foi grande, porque além deles pagarem e terem que esperar o produto para executarem o serviço, nada disso aconteceu”.
Luís Claudio destacou que os principais pontos descobertos nas oitivas foram: excesso de funcionários, nepotismo, desvio de função, contas bancárias ocultas, aparelho de ressonância magnética que compraram e não entregaram. Afirmando que houve, no mínimo, uma má gestão.
Agora, a comissão irá fazer um relatório apontando todos os indícios comprovados com fatos, porém é a Delegacia Fazendária é quem irá fazer a investigação e encaminha o inquérito para o Ministério Público que pode oferecer denúncia à Justiça.
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