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Notícias / Polícia

10/11/2019 às 18:08

Professora xinga aluna de preta e dá 'pisão' em garoto; caso foi parar na polícia

O Leiagora falou com uma aluna da mesma sala das vítimas que nos contou como a situação ocorreu.

Alline Marques

Professora xinga aluna de preta e dá 'pisão' em garoto; caso foi parar na polícia

Foto: Junior Silgueiro

Uma aluna de 12 anos e o primo sofreram agressões verbais e físicas de uma professora de 45 anos, identificada apenas pelas iniciais A.P.M.L.D.A.. O caso ocorreu na Escola Estadual Antônio Epaminondas no bairro Lixeira, em Cuiabá, na quinta-feira (7.11). O caso foi parar na polícia e a professora foi acusada de racismo e deve responder por injúria, além de lesão corporal contra o menor.
 
Uma aluna que estuda na mesma sala que as vítimas relatou ao Leiagora que a professora já vinha tendo atitudes não condizente com o cargo ocupado e havia inclusive ameaçado bater na garota e “vive dizendo que a odeia”. A menina foi  classificada pela colega de classe como “um pouco bagunceira”. No dia do caso, ela conta que alguém bateu no quadro e a professora disparou: “isso é coisa de preto querendo se aparecer. Quer se aparecer? Pinta sua cara e suba no poste”.
 
No momento da confusão, outro menino entrou na briga. Ele é primo da garota que foi descriminada pela professora. Já irritada com a situação, a profissional da Educação puxou o rapaz pelo braço e lhe deu um ‘pisão’.
 
A aluna então ligou para a mãe chorando e a polícia acabou sendo acionada. De acordo com informações da PM, a estudante teria tentado chamar o diretor, mas a servidora a impediu ameaçando bater na garota.

Em entrevista ao Leiagora, a colega de classe contou que o diretor não quis auxiliar e preferia abafar o caso, mas sem sucesso, já que as duas mães resolveram representar criminalmente contra a professora. A Polícia Civil investiga o caso.

A versão da professora é de que os alunos estavam agitados e precisou agir de maneira ‘enérgica’, e negou ter dito algo ofensivo à raça da aluna, que foi acusada pela servidora de ser indisciplinada, já tendo a direção da escola dado advertência à jovem. O diretor teria dado respaldo à versão da profissional.
 
Outro lado


Em nota a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) disse que repudia qualquer ação discriminatória e que aguarda informações completas sobre o ocorrido para analisar quais medidas serão tomadas.

Veja nota na íntegra: 
Em relação ao caso envolvendo uma aluna e uma professora numa escola da Capital, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informa que:

Foi comunicada do caso e está buscando informações sobre o ocorrido junto à unidade escolar e às autoridades policiais para posteriormente avaliar quais medidas serão tomadas.

A Seduc deixa claro o posicionamento de que repudia e não admite qualquer prática discriminatória no âmbito da Rede Estadual de Ensino.
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