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21/11/2019 às 07:48

CRM abrirá sindicância para investigar falta de médicos no HMC

Apenas dois dias das obras entregues por sua totalidade, denúncias começam a chegar sobre a real situação da unidade

Luana Valentim

CRM abrirá sindicância para investigar falta de médicos no HMC

Foto: Divulgação

Após as denuncias divulgadas na mídia de que o Pronto-Socorro do Hospital Municipal de Cuiabá estaria funcionando sem anestesista, material básico, ortopedista e equipamento para se fazer exames de tomografia, o Conselho Regional de Medicina se pronunciou ainda nessa quarta-feira (20), afirmando que abrirá uma sindicância para apurar o caso.

Saiba Mais: Pronto-socorro no HMC estaria funcionando sem anestesista e materiais cirúrgicos

O HMC foi entregue 100% na segunda-feira (18) e passando apenas dois dias após a 6ª inauguração da unidade, as denúncias começaram a surgir sobre a verdadeira situação do hospital. De acordo com relatos, na noite de terça-feira (19) com paciente acidentado e correndo sério risco de morte, médicos estavam desesperados em grupos de WhatsApp em busca de anestesista.

A administração do HMC ofereceu R$1.9 mil pelo plantão, no entanto, nenhum profissional se propôs a ir lá. Havia somente um anestesista no antigo Pronto-Socorro e um no Hospital São Benedito, por isso os médicos foram orientados a não abandonar o PS antigo.

A unidade ainda estaria sem pediatra, conforme relatou uma paciente que foi ao local nessa quarta-feira que preferiu não se identificar.

Diante da situação, o CRM disse que uma unidade médica deste porte, que prestará atendimentos de urgência e emergência, não deve, em hipótese alguma, abrir suas portas sem a estrutura mínima necessária, conforme estabelecido pela Resolução CFM 1451/95. E, por isso, abrirá uma sindicância para investigar as denúncias.

O vice-prefeito Niuan Ribeiro (Podemos), que não compareceu na entrega da unidade, se manifestou no seu stories do Instagram afirmando que não se pode brincar com a saúde das pessoas: 'Não podemos fazer politicagem em cima da boa fé alheia, principalmente das mais humildes que tanto precisam do sistema público de saúde. Enquanto se gasta muito com promoção pessoal, o povo e os profissionais da saúde continuam a perecer com as condições precárias de atendimento e do trabalho'.


CRM-MT
 
NOTA À SOCIEDADE E IMPRENSA

 
Diante das notícias veiculadas pela imprensa local relativa à falta de especialistas médicos em anestesiologia no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) - Dr. Leony Palma de Carvalho, que teve sua última etapa inaugurada nesta segunda-feira (18), o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) vem a público informar que uma unidade médica deste porte, que prestará atendimentos de urgência e emergência, não deve, em hipótese alguma, abrir suas portas sem a estrutura mínima necessária, conforme estabelecido pela Resolução CFM 1451/95.
 
Artigo 1º - Os estabelecimentos de Prontos Socorros Públicos e Privados deverão ser estruturados para prestar atendimento a situações de urgência-emergência, devendo garantir todas as manobras de sustentação da vida e com condições de dar continuidade à assistência no local ou em outro nível de atendimento referenciado.
 
Artigo 2º - A equipe médica do Pronto Socorro deverá, em regime de plantão no local, ser constituída, no mínimo, por profissionais das seguintes áreas:
 
- Anestesiologia;
- Clínica Médica;
- Pediatria;
- Cirurgia Geral;
- Ortopedia.
 
Sendo assim, o CRM-MT, órgão supervisor e fiscalizador do exercício profissional, e das condições de funcionamento dos serviços médicos prestados à população de Mato Grosso, abrirá sindicância ex-oficio para apurar as responsabilidades e irregularidades no HMC.
 
Cuiabá, 20 de novembro de 2019.
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