Dirigir em Cuiabá é quase como viver em Big Brother. As câmeras de videomonitoramento espalhadas pela cidade estão registrando as infrações de trânsito e apesar da garantia da Prefeitura de Cuiabá de que são apenas para notificar e alertar motoristas, quem anda de uber já deve ter ouvido reclamações de multas e até um pedido para que o passageiro, mesmo no banco traseiro, use cinto. Tudo isto porque as multas estão se acumulando por conta destas condutas.
S.B.F., motorista de aplicativo que preferiu não ter o nome divulgado, disse que nos últimos meses tem chegado diversas multas, algumas por conta de passageiros nos bancos traseiros sem cinto, outras por olhar o celular, mesmo parado no semáforo. Ele deixa claro que condutas irregulares devem mesmo ser multados para disciplinar o trânsito, que em Cuiabá, ele considera bem complicado. No entanto, ele pede que seja feita uma fiscalização nestes radares e câmeras, pois está tornando algo fora de controle.
Em nota a Semob alega que as câmeras multam apenas quando o motorista circula na faixa de ônibus e caminhões que circulam acima do peso permitido nas vias da cidade. A TV Cidade Verde flagrou as câmeras dos semáforos da Avenida Mato Grosso filmando os motoristas dentro do carro por mais de 20 minutos. Recentemente, uma decisão judicial proibiu as multas por videomonitoramento e determinou que o Contran regulamente esta questão, mas ainda continua sendo válido em Cuiabá até decisão do órgão nacional.
“A respeito da aplicação de multas por vídeo monitoramento a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), informa que: - Este tipo de autuação só está autorizado para duas infrações: transitar em faixa exclusiva para ônibus, e transitar com veículos com peso superior ao permitido pelo perímetro urbano. - Em ambos os casos a medida foi adotada após a realização de campanhas educativas. O objetivo é reduzir o número destas infrações e dar mais fluidez ao trânsito. - Embora não esteja autuando os motoristas infratores a Pasta pode, por meio das câmeras, notificá-los sobre suas ações irregulares. -Isso já acontece em casos de estacionamento em local proibido, por exemplo”, diz nota da Semob.
