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Notícias / Polícia

29/11/2019 às 16:17

Mãe e madrasta que mataram criança de 3 anos são agredidas no presídio

As criminosas foram socorridas e encaminhadas para a Central de Flagrantes para registro da ocorrência

Gabriella Arantes

Mãe e madrasta que mataram criança de 3 anos são agredidas no presídio

Foto: Reprodução

A mãe, Luana Fernandes Marques, 25 anos, e a madrasta Fabíola Pinheiro Bracelar de 22 anos, acusadas de matarem Davi Gustavo Marques de Souza, de 3 anos, registraram boletim de ocorrência na tarde desta sexta-feira (29), por terem sido agredidas por outras detentas, na  Penitenciária Ana Maria do Couto, em Cuiabá. 

Segundo o boletim de ocorrência, as duas mulheres estavam em um raio distante das outras presas e possívelmente, as outras detentas descobriram que as assassinas da criança estavam presas naquele local. 

As criminosas foram socorridas e encaminhadas para a Central de Flagrantes para registro da ocorrência.

O assassinato 

As duas mulheres foram autuadas pelo crime de tortura qualificada com resultado morte, considerando que a vítima morreu devido a intenso sofrimento físico ocasionado pelas graves lesões.

As investigações iniciaram na noite de terça-feira (26), quando a vítima foi deixada no Pronto Atendimento de Nova Marilândia, já sem vida, pela convivente de sua mãe. O caso levantou imediatas suspeitas, uma vez que nenhuma pessoa responsável ficou na unidade de saúde para acompanhar a criança.

Diante dos fatos, a equipe da Polícia Militar saiu em buscas das duas mulheres, conseguindo localizar as suspeitas próximas da casa em que residiam. Elas foram conduzidas à Delegacia de Nortelândia, onde o delegado Marcelo Henrique Maidame assumiu as investigações.

O laudo médico apontou como causa da morte espancamento e esmagamento, uma vez que além das lesões externas, foram identificados no menino vários pontos de hemorragia interna na região do abdômen.

Ao longo do dia, a equipe da Polícia Civil realizou diligências com objetivo de apurar o envolvimento das duas mulheres no crime. Durante os trabalhos, várias testemunhas foram ouvidas, confirmando que a criança vinha sofrendo constantes agressões por parte das suspeitas.

Em uma ocasião, o menino chegou a ser atropelado pela convivente da mãe, que o prensou contra o portão da casa. Quando questionadas sobre os hematomas na criança, elas alegavam que ele havia se machucado jogando futebol.

Na ocasião, ao tomar conhecimento dos fatos, o pai da criança trouxe o filho à Capital para tratamento adequado. Exames comprovaram que o menino não poderia ter se machucado jogando bola, uma vez que o fêmur estava quebrado em diferentes pontos. O pai já tinha entrado com o pedido da guarda do filho na justiça.

Interrogada pelo delegado Marcelo Maidame, a suspeita Fabíola (convivente) confessou que espancou o menino e que o agredia com frequência, com o fim de corrigi-lo pelo fato de ele ser muito arteiro e desobediente. A mãe da criança negou os fatos e disse que estava no trabalho quando o filho foi espancado.

“É um caso de grande repercussão, ficando claro o envolvimento das duas suspeitas, Fabíola que confessou o crime e Luana que era, no mínimo, conivente com a situação sofrida pelo filho”, disse o delegado.

As duas foram encaminhadas para unidade prisional feminina de Nortelândia e nesta quinta-feira (28) passarão por audiência de custódia na cidade de Arenápolis.

 
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